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Nós, brasileiros, esperamos que os nossos políticos assumam suas responsabilidades
Narciso Mendes (especial para oestadoacre)
O nosso tesouro nacional já se encontra enfrentando gravíssimas crises, entre elas, o nosso excepcional endividamento público, isoladamente, o maior de toda a nossa história e, presentemente, já tangenciando o nosso PIB e tendente a superá-lo. Como a maioria da nossa população ignora as implicações que decorrem do referido endividamento e imaginam que basta querer, o governo federal dispõe dos recursos para socorrer todas as nossas unidades federadas, os Estados e municípios, e em particular, todas as nossas demais instituições, sobretudo àquelas que tratam da nossa educação, segurança, saúde pública e do nosso meio ambiente, etc. Mas não é bem assim, isto porque, o governo federal pode muito, mas não pode tudo.
Como menos de 1% da nossa população, sobretudo, dos nossos eleitores, sequer sabendo o significado da sigla PIB, menos ainda, o quanto o nosso endividamento influem negativamente na execução das nossas políticas públicas, ainda esperam que os nossos governantes consigam enfrentar os presentes desafios, entre eles, uma praga social chamada desemprego.
Com o fim dos auxílios emergenciais, o de R$-600,00 já foi extinto e o de R$-300,00 inspirará no próximo mês de dezembro, começaremos o ano de 2021 com quase a metade da nossa população economicamente ativa em busca de um posto de trabalho, e neste particular as perspectivas são bastante desanimadores, isto porque, às milhares de micros, pequenas e médias empresas que fecharam as suas portas durante a pandemia da Covid-19, ainda que pretendam, jamais poderão readmiti-los em sua totalidade, ainda que a vacina contra cononavirus já tem tenha sido descoberta. .
A próxima quadratura, para os prefeitos que vierem se eleger nas próximas eleições os impossibilitará, até mesmo, de cumprir as suas mais elementares obrigações, isto porque, encontrarão as nossas prefeituras literalmente falidas e endividadas, até mesmo com as folhas de pagamento de seus próprios funcionários.
Enquanto isto, ou seja, enquanto as nossas crises continuam se aprofundando, as nossas mais expressivas figuras do nosso mundo políticos já se encontram em plena campanha eleitoral, não apenas visando as eleições municipais que se avizinham, e sim, as de 2022, sobretudo, àquelas que disputarão a sucessão do presidente Jair Bolsonaro e a dos nossos atuais 27 governadores.
Os nossos problemas não podem esperar pelas eleições de 2022, tampouco, que delas surjam os chamados salvadores da pátria.
(Narciso Mendes – foi ex-deputado federal constituinte pelo Acre)