Fim dos dividendos extraordinários
Em consonância com o alarido da imprensa, as ações da Petrobras registraram expressiva queda na última sexta (8). No final da tarde, próximo ao fechamento do pregão, as ações da estatal – tanto as preferenciais como as ordinárias – caíam quase 9%. A insatisfação dos investidores, no entanto, se deve mais à decisão da estatal de não pagar dividendos extraordinários relativos ao quarto trimestre do ano passado.
Porém, cabe lembrar que os dividendos extraordinários que a Petrobras pagou nos últimos anos eram turbinados não somente com a alta dos combustíveis, mas também com a venda de ativos, que começou ainda durante o governo Temer e se aprofundou com Bolsonaro.
Atualmente, a estatal vem adotando o caminho aposto. Não só estancou a venda de ativos, como também vem ampliando investimentos, principalmente no setor de refino e nos esforços voltados à transição energética.
“Após anos de desmonte, venda de ativos estratégicos e descapitalização via pagamento de mega dividendos, a Petrobras mostrou resiliência, ampliou investimentos e fechou 2023 com um lucro líquido positivo de R$ 124,6 bilhões, o segundo maior de sua história”, afirmou o diretor técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), Mahatma Ramos dos Santos.