Sayonara Moreno – repórter da Rádio Nacional
Entre o domingo e esta segunda-feira (23), o Brasil registrou mais de 110 mil focos de incêndio, em todo o território nacional. Na região amazônica, a situação é pior, sobretudo por causa da seca histórica que assola a região Norte.
A diretora científica do Ipam, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, Ane Alencar, explica que a seca é um agravante e ajuda na propagação do fogo, mas que as queimadas são resultado da ação humana.
Para se ter uma ideia, alguns estados da Amazônia Legal – Mato Grosso, Pará, Amazonas, Rondônia, Maranhão e o Acre – acumulam mais de 80% de todos os focos de queimadas no Brasil, nas últimas 24 horas, de acordo com os dados do INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
No Acre, é crítica a situação: no fim de semana, o Rio Acre chegou ao menor nível da história, superando a pior marca, que havia sido em 2022. O mesmo ocorreu com o Rio Iaco, na cidade de Sena Madureira. Esse rio chegou ao nível de 32 cm, nesse domingo, registrando também a menor cota histórica, de acordo com o governo do estado.
Por toda a Amazônia, há cidades isoladas, onde o único acesso é pelos rios, que não têm nível suficiente para serem navegados. No Mato Grosso, que abriga os biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal, a situação também é crítica: nesse domingo, os brigadistas combateram mais de 50 focos de incêndio.
E aqui no Distrito Federal, a seca só piora a situação das queimadas; já são mais de 150 dias sem chuva. Ainda conforme o INPE, são 41 focos de incêndio registrados entre domingo e esta segunda.
Importante destacar que a qualquer sinal de fogo, a orientação é denunciar, pelos números de telefone 193 ou 190.