Tudo é política!
quarta-feira, setembro 17, 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
OEstadoAcre.com
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • Acre
  • Sena Madureira
  • Diversos
  • Vídeos
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • Acre
  • Sena Madureira
  • Diversos
  • Vídeos
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
OEstadoAcre.com
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Acre

Violência policial ‘não tem freio’ porque instâncias de controle ‘não fazem nada’, diz pesquisador e ex-PM…📹

por oestadoacre.com
25 de dezembro de 2024
em Acre
sem freio
Mandar no Zap

Alguns precisam ver este vídeo antes para minimamente compreender o país da desigualdade em que vivem…especialmente os geraldinos de grupos de zap, que só sabem repetir as velhas frases feitas da direita sobre os problemas sociais enfrentados pelo povo…

E mais para refletir essa conversa entre filho e pai;

— Se matamos todos os bandidos, ficariam só as pessoas boas, né pai?
— Não, filho, ficariam só os assassinos.

Agora começa a matéria do BdF

Do Brasil De Fato (A-2024)

Operações letais

Violência policial ‘não tem freio’ porque instâncias de controle ‘não fazem nada’, diz pesquisador e ex-PM

No meio da rua, mulheres da comunidade Mangue Seco, em Santos (SP), seguram lençóis com os escritos “chega de mortes” e “favela pede paz”. O ato foi em reação ao assassinato pela Polícia Militar (PM), no meio da praça e à luz do dia, de Carlos Garcia, um homem de 26 anos. A morte no último 3 de abril aconteceu dois dias depois que o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou o fim da Operação Verão na Baixada Santista, que em 54 dias matou 56 pessoas.

A responsabilidade pela alta letalidade policial em São Paulo, na opinião de Adilson Paes, passa pelos agentes, o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, e o governador — mas vai muito além. Pesquisador, mestre em direitos humanos e doutor em Psicologia, Paes foi policial militar por 30 anos e se aposentou como tenente-coronel. “As instâncias que poderiam exercer um controle sobre a polícia não funcionam”, alerta.

Na visão de Paes, o Ministério Público é o exemplo mais alarmante, já que tem a função constitucional de exercer o controle externo da atividade policial, porém a atenção voltada ao problema não é o suficiente.

“Laudos das operações Escudo e Verão foram apresentados pela Ouvidoria da Polícia com sinais claros de execução. O que o Ministério Público fez? Nada. Denúncias colhidas por entidades atestam ameaças a moradores. São fatos. Não estou deturpando ou ofendendo a polícia. O que o Ministério Público fez? Nada. Notícias mostraram que policiais não usaram ou desligaram câmeras corporais. O que o Ministério Público fez? Nada”, elenca Adilson Paes.

“Temos, então, um ator importantíssimo que era para agir e não age”, salienta Paes, cuja tese de doutorado tem como título O policial que mata: um estudo sobre a letalidade praticada por policiais militares do Estado de São Paulo.

Procurado pela reportagem, o Ministério Público de São Paulo afirmou que “todas as mortes em decorrência de intervenção policial relacionadas à Operação Verão estão sendo criteriosamente investigadas em Procedimentos de Investigações Criminais (PICs)”, que estão em “fase de diligências”.

O Brasil de Fato questionou qual a previsão para a conclusão destas investigações, incluindo as sobre a Operação Escudo, que terminou em setembro de 2023. Não houve resposta.

“Não agem porque concordam”

O problema, na avaliação de Paes, não é de hoje. Um exemplo são os chamados Crimes de Maio de 2006, um dos maiores massacres cometidos pelo Estado no Brasil contemporâneo e para o qual não houve responsabilização ou reparação.

Assim como nas recentes operações na Baixada Santista, o episódio foi um revide a ataques contra agentes de segurança em São Paulo. Em apenas nove dias — entre 12 e 21 de maio de 2006 — policiais com e sem farda executaram 425 pessoas e desapareceram com outras quatro. Outros 80 civis foram mortos nos dias seguintes.

Na ocasião, dezenas de promotores do Ministério Público Estadual de São Paulo assinaram um ofício saudando o Comando Geral da PM, afirmando “reconhecer a eficiência da PM” em “reestabelecer a ordem pública”.

No último 31 de março, exatamente uma semana antes da morte de Carlos Garcia e na mesma praça, policiais mataram, com um tiro na nuca, a cabelereira Edneia Fernandes Silva, de 31 anos e mãe de seis filhos. Ela estava sentada em um banco, conversando com uma amiga. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), ela foi alvejada porque ali ocorria uma troca de tiros com criminosos.

“Essa versão carece de veracidade e é plenamente verificável. Há relatos da população dizendo que não aconteceu nada disso. O que o Ministério Público fez? Será que por aí não estaria configurada obstrução de justiça? Que ensejaria a prisão preventiva dos agentes praticantes do ato?”, questiona Paes.

Tomando emprestado um termo usado no direito constitucional, Paes avalia que, com a “omissão das instâncias de controle, nós não temos nem ‘freios, nem contrapesos’. Porque essas instituições concordam que a única política de ‘segurança’ é a do enfrentamento. É a única explicação. Contudo, é evidente que não traz ganhos, que a segurança pública só piora, os índices de letalidade policial se elevam e cada vez mais as pessoas se sentem inseguras”.

Dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação pela Ponte mostram que ao longo do primeiro ano da gestão Tarcísio, o índice de suicídio entre policiais militares foi o maior dos últimos 11 anos. Fazendo duas vezes mais vítimas que homicídio, o suicídio entre os agentes subiu 63% em relação a 2022.

“Policiais estão morrendo mais por causa da instituição policial do que por causa de pessoas de fora dela”, resume Adilson Paes, que é também autor do livro O guardião da cidade: reflexões sobre casos de violência praticados por policiais militares. “É uma espiral de violência que se agrava”, aponta.

A timidez de Brasília

A presença mais visível do governo federal na Baixada Santista durante a mais letal operação policial institucional desde o massacre do Carandiru aconteceu no último 27 de março. Moradores da favela da Prainha, no Guarujá, se surpreenderam com tanques de guerra passando pela rua. Em nota, a Marinha disse que o “deslocamento de blindados do Corpo de Fuzileiros Navais” aconteceu em uma ação no âmbito da operação do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) “que vigora no Porto de Santos”.

Desde julho de 2023, quando foi deflagrada a Operação Escudo, até o momento, não houve nenhum posicionamento público do presidente Lula (PT) a respeito da situação vivida nas periferias do litoral sul de São Paulo.

Em agosto do ano passado Lula declarou de forma genérica, durante um evento com o governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro (PL), que a polícia precisa “diferenciar o que é um bandido do que é um pobre”. A fala foi criticada por movimentos que lutam contra a violência do Estado, por poder ser interpretada como complacência à execução de pessoas em conflito com a lei.

O Brasil de Fato perguntou à presidência da República, ao Ministério da Justiça (MJ) e ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) se o governo federal tomou ou está tomando medidas relativas à crescente letalidade policial em São Paulo. Mortes cometidas pela PM no estado subiram 86% no primeiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado.

Por telefone, a secretaria da Presidência disse que por ali nada estava sendo feito, melhor consultar o MJ. Por telefone, o MJ disse que por ali também nada estava sendo feito.

Por nota, o MDHC informou que a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos acompanhou inspeções territoriais na Baixada Santista e que a pasta encaminhou ofício solicitando apurações de denúncias para a SSP-SP de Derrite, a Corregedoria e o Comando Geral da PM-SP, a Defensoria Pública de SP e o Ministério Público de SP. Representantes do Ministério também estiveram presentes em audiência pública sobre o tema na Faculdade de Direito da USP.

“O MDHC reforça o compromisso de contribuir para a proteção e defesa dos direitos humanos e para a indissociabilidade da pauta com o tema da segurança pública”, declarou a pasta.

Para Adilson Paes, no entanto, o que resume a atuação do governo Lula no tema é “omissão”. “Não há declaração do presidente da República sobre o que está acontecendo. Para o governo federal, uma polícia eficiente tem que ser militarizada. Foi o que demonstrou com o franco e total apoio à Lei Orgânica da Polícia Militar, que é pior que o decreto que regulamentava as polícias na ditadura”, avalia o pesquisador.

Sancionada com vetos parciais pelo presidente Lula em dezembro do ano passado, a Lei Orgânica das PMs reforça a militarização e dá maior autonomia política às polícias.

Prevê, entre outros pontos, que as PMs são força auxiliar do Exército e prescindem das secretarias estaduais de Segurança Pública; que o ensino das polícias não precisa passar pelos critérios educacionais do resto do país; e que policiais com mais de 10 anos de serviço que são eleitos como políticos passam para a reserva remunerada.

“Se havia um receio dos operadores da política de enfrentamento que pudesse haver um freio por parte do governo federal, perdeu-se”, opina Adilson Paes.

“Ao apoiar a Lei Orgânica da Polícia Militar, fazer um lobby, acordo de lideranças e sancionar, o recado do governo federal às polícias é ‘nós concordamos com a atuação de vocês, continuem assim’. Assim, o governo federal é parte responsável também pelo que aconteceu nas operações Escudo e Verão”, diz Paes.

O vídeo feito por moradores da comunidade Mangue Seco que mostra o protesto exigindo o fim das mortes tem como trilha sonora uma música do MC Hariel, que leva o mesmo nome de uma das faixas improvisadas. “Cuidado com a polícia / favela pede paz / cultura e muito mais”, diz o funk: “famílias inconformadas / eles não jogam a real / se eles não faz, nóis faz / sistema incapaz”.


Receba as notícias de oestadoacre.com direto no celular... entre na comuna


Tags: brpessoassocialviolência
EnviarCompartilhar4Compartilhar

Notícias Relacionadas

Ex-presidente da EBC defende comunicação pública em novo livro

Ex-presidente da EBC defende comunicação pública em novo livro

17 de setembro de 2025

Agência Brasil A comunicação pública tornou-se ainda mais necessária no atual cenário político e econômico, marcado por recentes ameaças à...

paula

Fórum: Lars Grael, André Heller, e Magic Paula hoje em #RBCapital

17 de setembro de 2025

Divulgação - O Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) organizará neste dia 17 mais uma edição do Fórum Estadual de Formação...

Cusparada da Câmara de deputados na cara dos brasileiros com ajuda da bancada do Acre

Cusparada da Câmara de deputados na cara dos brasileiros com ajuda da bancada do Acre

16 de setembro de 2025

A Câmara dos Deputados aprovou, em segundo turno, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê autorização...

Perigo à soja: capim pé-de-galinha ameaça produtividade e exige manejo eficiente

Perigo à soja: capim pé-de-galinha ameaça produtividade e exige manejo eficiente

16 de setembro de 2025

Agricultura de grãos/comercial O capim pé-de-galinha (Eleusine indica) é uma das plantas daninhas mais agressivas da agricultura, podendo produzir até...

tk

Petecão: R$ 2 milhões para ginásio em Tarauacá

16 de setembro de 2025

O senador Sérgio Petecão, PSD, anunciou, nesta terça-feira (16), o pagamento de quase R$ 2 milhões para Tarauacá, destinados à...

Mais lidas

  • marina brana

    Etinildo Oliveira, músico histórico de Sena e do Acre, foi embora…📹

    72 Compartilhamentos
    Compartilhar 29 Tweet 18
  • Sessão na Câmara de Sena…uma reunião remunerada de apoiadores de Gehlen e Mazinho…📹

    26 Compartilhamentos
    Compartilhar 10 Tweet 7
  • A Etinildo e a música que parou…

    21 Compartilhamentos
    Compartilhar 8 Tweet 5
  • Prefeito Gehlen sobre recursos suspensos para Sena: ‘Cadeia neles, Dino’…📹

    20 Compartilhamentos
    Compartilhar 8 Tweet 5
  • Gehlen Diniz não pagava IPTU em Sena também…📹

    32 Compartilhamentos
    Compartilhar 13 Tweet 8

Últimas Notícias

paula

Em #RBcapital grandes e inesquecíveis campões olímpicos do Brasil…📹

17 de setembro de 2025
Resultado final do concurso do Detran/AC é publicado

Resultado final do concurso do Detran/AC é publicado

17 de setembro de 2025
MBA em Inteligência Artificial abre nova chamada para servidores do Acre

MBA em Inteligência Artificial abre nova chamada para servidores do Acre

17 de setembro de 2025
Ex-presidente da EBC defende comunicação pública em novo livro

Ex-presidente da EBC defende comunicação pública em novo livro

17 de setembro de 2025
edvaldo

PEC da impunidade: ‘Barrabás foi solto’ pela Câmara dos Deputados

17 de setembro de 2025
  • oestadoacre
  • Fale Conosco

oestadoacre.com
E-mail: oestadoacre@gmail.com
Ajude manter oestadoacre - Pix chave: oestadoacre@gmail.com
Resp - J R Braña B.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • Acre
  • Sena Madureira
  • Diversos
  • Vídeos

oestadoacre.com
E-mail: oestadoacre@gmail.com
Ajude manter oestadoacre - Pix chave: oestadoacre@gmail.com
Resp - J R Braña B.