Em nossa última Coluna Atual do ano, o professor Sérgio Rodrigues explica de forma clara o que podemos esperar para a economia do Brasil em 2025.
Desejo a todos uma leitura enriquecedora e reflexiva e um Réveillon maravilhoso… (oea)
Por Sérgio Ricardo Araújo Rodrigues. Advogado e Professor Universitário.
Lá Vem 2025
O ano de 2024 foi um desafio em diversos aspectos para a vida dos brasileiros, notadamente no que se refere a economia e os reflexos na vida diária dos cidadãos.
Para 2025, a economia brasileira enfrenta desafios e oportunidades. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) projeta um crescimento do PIB de 2,1%. O consumo das famílias continua sendo o principal motor da economia, impulsionado pela redução da inflação e o aumento do poder de compra.
A taxa Selic é esperada para atingir 12,25% até o final de 2025, com possíveis novas altas ao longo do primeiro semestre. A redução da taxa de juros no segundo semestre pode estimular o crédito e os investimentos.
O IPCA é projetado em 4%, dentro da meta estipulada pelo Banco Central. Isso cria um ambiente mais favorável para o planejamento financeiro e o consumo interno.
A alta do dólar é um desafio significativo para a economia brasileira frente às expetativas acimas expostas. Ela pode afetar negativamente o custo de importações, aumentando os preços de produtos e serviços no país. Além disso, pode levar a uma maior inflação e dificultar o controle da moeda nacional, o real, levando a rever os índices esperados.
Para enfrentar esse problema, o governo e o Banco Central podem adotar várias medidas, como ajustar as taxas de juros, implementar políticas de controle de preços e buscar maneiras de fortalecer a economia doméstica. É um equilíbrio delicado, mas essencial para manter a estabilidade econômica.
A alta do dólar tem vários reflexos para os cidadãos brasileiros. Muitos produtos que consumimos no Brasil são importados, como eletrônicos, automóveis e alguns alimentos. Com a alta do dólar, o custo desses produtos tende a subir, o que pode levar a um aumento na inflação.
Como os preços dos produtos importados aumentam, a despesa diária das famílias também tende a subir. Isso pode afetar o poder de compra e a qualidade de vida das pessoas. Alguns serviços, como internet e assinaturas de serviços de streaming, que dependem de conteúdos internacionais, podem também aumentar seus preços.
Viajar para fora do país se torna mais caro, pois o custo das passagens aéreas e hospedagens em moedas estrangeiras aumenta. A alta do dólar pode afetar os rendimentos de investimentos internacionais e a valorização da poupança em moedas estrangeiras.
Tensões comerciais entre grandes economias e um crescimento global modesto podem também influenciar o Brasil. Exportadores devem se preparar para um cenário de menor demanda por commodities e diversificar mercados.
Com o endividamento público projetado para atingir 75% do PIB, a consolidação fiscal será uma prioridade do governo. Reformas tributárias e esforços para restaurar a confiança nas finanças públicas podem criar um ambiente de maior previsibilidade para as empresas.
Frente a esse cenário, apesar de tudo, é preciso voltar a confiar no Brasil. A confiança é fundamental para o desenvolvimento econômico e social de qualquer país. Para restaurar a confiança no Brasil, é essencial que haja transparência, estabilidade política e econômica, e um compromisso com reformas estruturais que promovam o crescimento sustentável e a justiça social.
Devem ser Implementadas reformas que melhorem o ambiente de negócios, reduzam a burocracia e incentivem investimentos.
Devem ser Fortalecidas as instituições e mecanismos de combate à corrupção para garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma eficiente e ética.
Investir em educação e inovação para aumentar a competitividade do país e preparar a população para os desafios do futuro também é essencial.
Melhorar a infraestrutura, como transporte, energia e telecomunicações, para facilitar o desenvolvimento econômico e social. Promover práticas sustentáveis que protejam o meio ambiente e garantam o uso responsável dos recursos naturais.
Enfim, vamos conhecer os cenários e nos preparar para os desafios para que 2025 possa ser um ano preparatório para um excelente 2026.