A ascensão da inteligência artificial (IA) no mercado de trabalho global pode aprofundar as desigualdades entre homens e mulheres, alertou nesta semana, Gilbert Houngbo, diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), durante a cúpula da IA em Paris. Segundo ele, os empregos mais suscetíveis à automação são ocupados majoritariamente por mulheres, o que pode ampliar a lacuna de gênero na economia.
“Sabemos que a maioria dos empregos que serão automatizados são ocupados, em sua maioria, por mulheres”, afirmou Houngbo em uma mesa-redonda no Grand Palais. “Isso significa que a desigualdade pode se intensificar caso não sejam implementadas políticas de apoio eficazes.”
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Apesar disso, a OIT aponta que a IA também gera novas oportunidades de trabalho, embora essas vagas possam oferecer remuneração inferior e menos proteção social. A previsão é que 2,3% dos empregos globais — cerca de 75 milhões de postos — sejam impactados pela IA nos próximos anos.
oea com OIT