Teve gente que perdeu R$ 18 mil por ano, outros R$ 23 mil com essa medida covarde – diz Edvaldo Magalhães.
Em discurso nesta terça-feira (1), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) saiu em defesa dos profissionais da Educação. O parlamentar cobrou a recomposição da tabela do Plano de Cargos Carreiras e Remuneração (PCCR). Há três anos, o governador Gladson Cameli sancionou a lei, de sua autoria, que reduziu de 10% para 7% a composição, um retrocesso para os professores.
— Hoje, exatamente no dia da mentira, completam-se exatos três anos que o governador Gladson Messias Cameli pressionou de forma extraordinária a sua base no plenário desta Casa para que se cometesse a maior injustiça da história da Educação do estado do Acre. Hoje, essa manifestação aqui é para lembrar de uma segunda grande mentira assumida pelo governador. Quando chegou na campanha da reeleição estava difícil conversar com os trabalhadores da Educação porque ninguém tinha esquecido a punhada nas costas. Teve gente que perdeu R$ 18 mil por ano, outros R$ 23 mil com essa medida covarde – disse Edvaldo Magalhães.
O parlamentar afirmou que ao longo desses três anos, registrou-se folga fiscal em dois deles, mas a promessa não foi cumprida pelo governador Gladson Cameli.
— Só que passou o primeiro ano e a promessa não foi cumprida. E houve folga fiscal. Passou o segundo ano e não foi cumprida e houve folga fiscal. No terceiro ano, se não for resolvido, não adianta achar que vai ser no quarto ano. De promessa, o inferno está lotado. Eu quero sugerir: no dia que for publicado o relatório fiscal e tiver a tal da janela fiscal, vocês venham aqui para esta Casa, acampem nesse auditório. Não vamos permitir que perdure essa injustiça cometida. O ideal é corrigir essa injustiça e pagar o atrasado, porque todos têm direito a um dinheiro que era carimbado, que veio para garantir melhorias na Educação.
Edvaldo lembrou, ainda, que ajudou a fundar o Sinteac e que também participou da grande greve ainda no governo de Flaviano Melo. Ele disse que de lá para cá, nenhum governador ousou a mexer na tabela da Educação, uma conquista da luta sindical e dos trabalhadores.
— Do Flaviano até o Gladson, nenhum governador teve coragem de quebrar a espinha dorsal da Educação. O único que teve foi o governador Gladson Messias Cameli”.