A Lei muda porque a vida muda. O resto é delírio autoritário

Os extremistas deveriam refletir — se é que ainda resta espaço para isso — sobre o desenvolvimento histórico do povo brasileiro.

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Desde que este país é país, as condições sociais da vida se transformam: a terra deixou de ser capitania, a escravidão foi abolida (ainda que à força), as mulheres votaram, o operário virou presidente, o pobre chegou à universidade, o indígena resistiu, o favelado ergueu a voz.

E a Lei?

A Lei tem de acompanhar o movimento. Porque Direito que não muda com o povo, não é Justiça — é opressão…

Mas os nostálgicos da bala, farda, boi e Bíblia acham que tudo tem que voltar ao “tempo bom”. Tempo bom pra quem?

O problema do bolsonarismo não é ser conservador, antes fosse conservar algo…

O problema é fingir que a história não aconteceu.

A cada nova conquista popular, uma parte da elite grita “ideologia!”.

Mas quando criminalizam a pobreza, chamavam de “ordem”.

Quando matam índio, chamavam de “progresso”.

Quando silenciam mulheres, chamam de “valores da família”.

Então…

A Lei não é altar de pedra, né…

É instrumento do povo em movimento.

E se esse povo muda, a Lei muda junto.

Quem tem medo disso, tem medo do Brasil.

by Januário65


Som do Acre… ‘ZUMBI E CHICO (LHÉ)’ dos Los Porongas

 

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