Tudo é política!
sábado, junho 7, 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
OEstadoAcre.com
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • Acre
  • Sena Madureira
  • Diversos
  • Vídeos
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • Acre
  • Sena Madureira
  • Diversos
  • Vídeos
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
OEstadoAcre.com
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Acre

Código Florestal: Jorge Viana acredita em consenso

por oestadoacre.com
5 de outubro de 2011
em Acre
Mandar no Zap

Relator na Comissão de Meio Ambiente do projeto que altera o Código Florestal Brasileiro, o senador aguarda um consenso entre os senadores que permita corrigir “problemas” no texto aprovado pela Câmara e que agrade ao setor agrícola e ao ambiental

jorgeac6b2386b90924744a6fa7998025558fb-20110920“Não é possível que, com tanto debate, senadores e senadoras – com a contribuição de todos os setores da sociedade – não consigam fazer uma lei aplicável no Brasil”, destacou o senador Jorge Viana (PT-AC)em entrevista à Agência Brasil. 

A expectativa é que a matéria chegue à Comissão de Meio Ambiente com boa parte das pendências resolvida. Viana destacou a necessidade de o Brasil poder contar com uma legislação agrícola moderna que atenda à expectativa de abastecimento interno e aos consumidores externos. 

Ao mesmo tempo, ele ressaltou a oportunidade que o Congresso tem de construir um texto que consolide o Brasil como uma referência ambiental, o qual possa ser apresentado ao mundo na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). O debate está programado para 2012, no Rio de Janeiro. 

Leia a seguir os principais trechos da entrevista de Jorge Viana: 

Na terça-feira (27), foi protocolado oficialmente na Comissão de Ciência e Tecnologia o projeto do Código Florestal. Quais os desafios que o senhor considera prioritários na tramitação?

O Brasil superou um debate e acho que agora vamos entrar nas questões de mérito da proposta votada pela Câmara. [E há] uma constatação: a proposta tem problemas graves. Em alguns aspectos, há a necessidade de se promover mudanças importantes. Tem uma mudança que apresentei, a partir de sugestões recebidas, que é uma mudança na estrutura do projeto [para] separar as disposições transitórias das disposições permanentes. Ou seja, dar um tratamento para os problemas ambientais que a biodiversidade sofreu, que os recursos naturais sofreram – como parte de um passado que tem que ser solucionado – para que seja recuperado o que perdemos. Nesse caso, temos as áreas de reserva legal, as áreas de preservação permanente (APPs). Do outro lado, temos o corpo permanente da lei e eu acho que o texto da Câmara misturava as duas coisas. 

Nos debates promovidos percebi que vários especialistas destacaram a possibilidade de conciliar preservação ambiental a ganho financeiro. Como promover isso?

Precisamos fazer um aprofundamento nas questões de mérito criando políticas de incentivos para aqueles que estão dispostos a recuperar APPs, reservas legais e dar um tratamento diferenciado à produção familiar. Em 1991, nas mudanças promovidas no Código Florestal, o Brasil começou a querer vincular a liberação de crédito ao averbamento da reserva legal nas propriedades e até hoje nada ocorreu. É óbvio que os mecanismos de controle ajudaram a reduzir o desmatamento, as queimadas e as emissões de gases na atmosfera. Mas é muito importante que transformemos em atividade econômica, para pequenos e médios proprietários rurais, a recomposição de APPs e da reserva legal. Se fizermos isso, entramos nas leis da economia viva e, com isso, políticas de incentivos do governo – como crédito diferenciado, um tratamento melhor para quem protege o meio ambiente àqueles que querem sair de uma situação irregular – passam a ser grandes aliados. O meio ambiente pode ser uma oportunidade de distribuição de renda e um acúmulo econômico. 

Como convencer uma base de parlamentares sobre isso, quando existe uma forma consolidada de exploração agrícola no país?

Não são coisas antagônicas. Ao contrário, o Brasil tem plena condição de continuar aumentando sua produção agrícola. O mundo tem 7 bilhões de pessoas, o Brasil está sendo solicitado pela FAO [Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação] para contribuir em oferta de alimentos ao mundo de 20%, e o país precisa aumentar a produção até 2050 em pelo menos 40%. E [isso] é inteiramente possível, na mesma área ou até em área menor do que se produz hoje, seja para pecuária ou produção de grãos. O que temos que fazer é enfrentar o problema de mais de 60 milhões de hectares de áreas degradadas. Para isso, é preciso otimizar o uso da terra, de áreas destinadas à pecuária, para sobrar área para ser incorporada à produção de grãos, por exemplo. Vejo que, quando começamos a ouvir a comunidade científica, começamos a ver o que nossas universidades, centros de pesquisa e os nossos cientistas têm de resposta para os problemas que ficavam meramente na esfera política. 

O projeto tem o desafio de trabalhar as questões ambientais vinculando-as às realidades das cidades, como construção em morros e encostas. Vai dar para alterar esse ponto?

A expansão urbana em áreas impróprias, pondo em risco milhares de pessoas, é uma situação grave que o Brasil tem que enfrentar. Temos que colocar o componente da ocupação urbana nas encostas, nas margens de rios, por esse aspecto do risco. As APPs, nas cidades, tem um aspecto diferenciado da proteção nas áreas rurais. Esse é um aspecto novo, quando o Código Florestal foi feito em 1965, o Brasil era um país rural; hoje é urbano. Estamos ouvindo a comunidade tecnocientífica, a Academia Brasileira de Ciência, representantes da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e essa ajuda está sendo fundamental. O código vai exigir um posicionamento político do Congresso e esse posicionamento, para mim, tem que se basear em duas grandes vertentes: a realidade da sociedade, de quem cria e quem produz e dos que defendem o meio ambiente; e, a outra, baseada na ciência, no conhecimento. 

O senhor percebe que já tem quebrado algumas resistências no Senado?

Há um clima de entendimento. Há um entendimento de que o texto votado pela Câmara, com todo o respeito aos deputados e ao relator Aldo Rebelo (PCdoB-SP), precisa de reparos importantes que começaram a ser feitos e acho que, se aprofundarmos essas mudanças, o setor produtivo rural ganhará segurança jurídica de uma lei clara para continuar produzindo e aumentar a produção. Temos o dever de criar mecanismos legais de proteção de meio ambiente para essa e as futuras gerações. 

Não é um prazo curto 20 dias para votar o relatório do Código Florestal na Comissão de Ciência e Tecnologia, como quer o presidente da comissão Eduardo Braga (PMDB-AM)?

Não, porque os 20 dias, só, não contam. O que conta é o tempo inteiro que o tema tem sido debatido no Senado, com audiências públicas conjuntas das quatro comissões. Já estamos trabalhando há meses. Agora, temos que focar objetivamento no texto, fazer as correções, suprimir o que está a mais e o que causa insegurança jurídica e incluir o que é necessário. Não é possível que, com tanto debate, senadores e senadoras, com a contribuição de todos os setores da sociedade como estamos tendo, não consigam fazer uma lei aplicável no Brasil, que seja boa para quem produz e para quem tem a preocupação com essas e as futuras gerações. 

Dá para chegar à Comissão de Agricultura com um texto praticamente acordado?

Tudo o que recebemos de sugestão estamos tentando incorporar ao texto. Tomara que já se chegue à Comissão de Agricultura com boa parte do que tenho de preocupação incorporada. Mas, o que ficar de fora, certamente na Comissão de Meio Ambiente [onde Viana é relator] que a comissão de mérito, sem dúvida, [será incorporado] para que essa lei atenda à expectativa desafiadora do Brasil de seguir não só como uma referência de produção de alimentos, mas também para que se consolide como potência da biodiversidade e ambiental.


Receba as notícias de oestadoacre.com direto no celular... entre na comuna


EnviarCompartilhar1Compartilhar

Notícias Relacionadas

Mujica, um lutador estóico

Mujica, um lutador estóico

7 de junho de 2025

Publicado pela Colômbia Informa CI.- José "Pepe" Mujica, ex-guerrilheiro Tupamaro, preso político e ex-presidente do Uruguai (2010-2015), morreu na terça-feira...

CNU 2: lista de órgãos federais participantes

CNU 2: lista de órgãos federais participantes

7 de junho de 2025

Por Daniella Almeida da Agência Brasil As 3.352 novas vagas da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) estão distribuídas em...

mazinho

Eleição sindical vira disputa de poder em Sena…festa na casa do ex-prefeito

6 de junho de 2025

A festa tá rolando no QG da oposição em Sena. Na casa do ex-prefeito Mazinho. Comemoração do presidente reeleito do...

Ifac Sena Madureira se destaca na Olimpíada de Química

Ifac Sena Madureira se destaca na Olimpíada de Química

6 de junho de 2025

Ifac No Campus Sena Madureira, ocorreu a cerimônia de entrega das medalhas da seletiva estadual da Olimpíada Brasileira de Química...

estágio

PF seleciona estagiários no Acre

6 de junho de 2025

Assessoria A Polícia Federal no Acre abriu processo seletivo para estágio. Alunos de Direito, Administração, Tecnologia da Informação e Farmácia...

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidas

  • carão

    Vexame! Governador repreende assessor parlamentar em Sena durante agenda…📹

    42 Compartilhamentos
    Compartilhar 17 Tweet 11
  • A carta de Pe. Paolino ao seu fiel escudeiro

    28 Compartilhamentos
    Compartilhar 11 Tweet 7
  • Conversa com Pe. Paolino, no último dia de arraial em Sena Madureira (não acredita?)

    39 Compartilhamentos
    Compartilhar 16 Tweet 10
  • Vereadora Ivoneide em Brasília

    15 Compartilhamentos
    Compartilhar 6 Tweet 4
  • Sena no D.O nesta segunda, 2.jun

    14 Compartilhamentos
    Compartilhar 6 Tweet 4

Últimas Notícias

Mujica, um lutador estóico

Mujica, um lutador estóico

7 de junho de 2025
CNU 2: lista de órgãos federais participantes

CNU 2: lista de órgãos federais participantes

7 de junho de 2025
ricardo

Diretor do Dinit explica os problemas e a solução da BR-364…📹

6 de junho de 2025
mazinho

Eleição sindical vira disputa de poder em Sena…festa na casa do ex-prefeito

6 de junho de 2025
djalma

Chapa da situação do Sinteac em Sena vence eleição com maioria relativa

6 de junho de 2025
  • oestadoacre
  • Fale Conosco

oestadoacre.com
E-mail: oestadoacre@gmail.com
Ajude manter oestadoacre - Pix chave: oestadoacre@gmail.com
Resp - J R Braña B.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • Acre
  • Sena Madureira
  • Diversos
  • Vídeos

oestadoacre.com
E-mail: oestadoacre@gmail.com
Ajude manter oestadoacre - Pix chave: oestadoacre@gmail.com
Resp - J R Braña B.