Uma pesquisa encomendada pela Fecomércio do Acre revela a situação desesperadora das famílias que tiveram suas casas inundadas pelas águas do Rio Acre. Segundo os dados levantados pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas Empresarias do Acre (Ifepac), órgão ligado à entidade do comércio acreana, 33% (80 moradores) disseram ter sofrido com os efeitos da enchente, com prejuízos de perdas materiais nas moradias ou estabelecimentos de trabalho.
Ainda segundo o Ifepac, com os 33% dos desabrigados, moram outras 278 pessoas, sendo 47% adultas, 29% adolescentes e 24% crianças. Quanto aos locais onde moram, 21% são do bairro Sobral, 13% do Seis de Agosto, 10% do Ginásio Coberto, 10% da Cadeia Velha e 30% de outras regiões.
Dos 33% atingidos, 48% declararam estar em casas de parentes, 28% em dependências do governo, 13% em locais alugados, 8% em casas de amigos, 3% continuam em suas próprias casas e 3% não informaram.
Outro dado que chama atenção é o fato de que 54% não foram amparados diretamente pelos serviços da administração do município de Rio Branco. Outros 46% afirmaram ter recebido assistência social do poder público.
A pesquisa quis saber também como anda o orçamento familiar. 25% estão com o orçamento defasado por causa dos danos causados, 20% tiveram os gastos excedidos em razão das despesas extras e 19% estão com o salário totalmente comprometido.
Os entrevistados também responderam sobre quem é o principal responsável pelos estragos da enchente que abalou a capital Rio Branco. A maioria 68% culpa as autoridades e 28% responsabilizam o desmatamento sem freio em áreas que deveriam estar preservadas.