As fotos não mentem e mostram a Cooperacre embarcando no aeroporto de Rio Branco pelo menos 18 toneladas de castanha para exportação em pleno final de semana.
Com o transbordamento do Rio Madeira e parte da BR-364, em Rondônia, sob as águas, o jeito foi enviar a produção via aérea.
Para quem não sabe, a Cooperacre é uma espécie de Central das pequenas e médias cooperativas do Estado e uma referência no Brasil.
Gerencia ainda 03 indústrias de beneficiamento de Castanha (Brasileia, Xapuri e uma na capital Rio Branco que está em vias de funcionamento).
É pouco?
Pode ser.
Mas é bom perguntar às famosas Nestlé e Nutrimental sobre os contratos que elas têm com a empresa acreana administrada por filhos de extrativistas.
Com a Nestlé, a Cooperacre tem simplesmente o maior contrato do Brasil para fornecimento de castanha, que são utilizados em vários produtos da multinacional do leite e do chocolate mais conhecida do planeta.
As exigências dessas empresas são tantas que especialistas seus vêm ao Acre acompanhar todo o processo de beneficiamento da castanha, que obedece os mais altos padrões de exigência. Já ouviu falar no rigor japonês?
Com a efetivação da Fábrica de Beneficiamento de Castanha de Rio Branco, o Acre, pela primeira vez em 100 anos, se tornará autossuficiente no processamento do produto.
É pouco?
Talvez.
Historicamente, o Acre foi e continua sendo um grande produtor de castanha, mas a fama sempre quem levou foi o Estado do Pará. Já ouviu falar na ‘Castanha do Pará?’
Pois, é.
A enchente do Madeira e a interrupção do tráfego normal da rodovia federal revelaram uma realidade ainda desconhecida da maioria do Acre.
Estão estacionadas em Rondônia esperando o nível das águas baixarem três carretas abarrotadas de castanha para serem beneficiadas pela Cooperacre.
Vindas de onde essa castanha?
Acredite, se quiser: vindas do Pará.
O grande beneficiário de todo o Século XX da castanha da Amazônia, inclusive da nossa castanha, hoje envia o seu produto para o Acre afim de que aqui seja feito todo o processo de beneficiamento.
É pouco?
Depende.
O Acre sempre sonha com o impossível. E, como ensina Confúcio, sonhar o impossível é o primeiro passo para torná-lo possível.
Prejuízos de quem produz
Aos que insistem em dizer que o Estado do Acre não produz nada uma informação:
As chamadas cadeias produtivas da carne e da madeira estão vivendo o seu inferno astral devido à interrupção da BR-364, em Rondônia, por conta da enchente do Madeira.
O Acre, que não produz (é o que repete todo dia a oposição Tucana, Peemedebista e o Demo) exporta sua madeira para vários países do mundo e tem a carne mais valorizada do Brasil, pois aqui os pastos são naturais.
Restaurantes do Sudeste que recebem e exigem carne do Acre, pois é politicamente correto vender carne da terra do berço do ambientalismo, já perceberam e agora entendem a tragédia da enchente do Rio Madeira.
foto: marcus vicenti
O Selfie da classe C
A elite tucana tem horror à melhoria de vida da classe C.
Na visita da presidenta Dilma a Rio Branco, a população fez a festa com a mandatária.
E deu tempo até para produzir o Selfie do ano.
Os pobres também têm smartphone
[Selfie: autorretrato; foto tirada pela própria pessoa]
Selfie de campanha
Todos os prováveis candidatos querem estar ao lado da Flor.
É o Selfie preferido de quem vai atrás de votos.
Apelo à oposição
Não!
O anúncio oficial dos locais onde se pode entregar os donativos para os desabrigados não é um espaço publicitário para a coluna.
É apenas uma sugestão para a oposição se dirigir aos referidos endereços e deixar sua contribuição às vítimas da enchente do Rio Acre.
Porque não se vê os mandas-chuva e pretensos candidatos nos locais de alagamentos.
Pelo contrário: durante a última semana fizeram a festa no interior organizando a campanha eleitoral.
Enquanto isso, o governador Tião, a deputada Perpétua e o prefeito Marcus Alexandre não saem do meio dos desabrigados.
Bem…Os endereços estão aí!
Por favor, voluntários que recebem os donativos, recebam bem o pessoal da oposição e suas contribuições aos necessitados.
[Locais de coleta: prefeitura da capital, IBB, Araújo Aviário e Tangará, Catedral, Igreja Santa Inês, Igreja Internacional da Graça, Igreja Filadélfia, Makro, Via verde Shopping]
Na Antártida
Os senadores Jorge Viana e Aníbal já estavam fora do país (estão em missão do Senado ao Continente gelado) quando souberam da visita da presidenta Dilma Rousseff ao Acre.
Eles ligaram para o governador Tião Viana explicando os motivos de não poderem estar aqui.
Tudo certo.
Aí vem o candidato João Plenário (aquele da Praça É Nossa com o paletó cheio de notas de 100 coladas) alegar que não foi convidado para receber Dilma.
Quem estava em Rio Branco – e quis – foi lá e recebeu a presidenta.
O povo, os desabrigados da enchente, que também não sabiam da vinda dela, são a maior prova.
Que animosidade!
Os porta-vozes da oposição passaram o sábado falando de suposta malquerença, prevenção, ressentimentos entre a presidenta Dilma Rousseff e o governador Tião.
Impressionante ‘como tinham razão.’
A imagem fala por si.
Viu no que deu
Da primeira vez Dilma veio em solidariedade.
Na próxima deve vir entregar o Complexo do Peixe e o ‘Cidade do Povo.’
Com o apoio que recebeu da população em Rio Branco, com certeza, a oposição já está rezando para a presidenta nunca mais pisar por aqui.
Aqui mesmo
A maior fábrica de Beneficiamento de Castanha do Brasil está localizada no Parque Industrial de Rio Branco.
Produzindo…
A realidade se impõe
As colunas políticas e sítios que fazem duro ataque ao governo da Frente Popular no Acre tiveram que se render ao fato mais importante da política no Acre em 2014: a visita da presidenta Dilma Rousseff.
Agora o jeito é sair procurando outra bandeira…
O que eles (oposição) diziam:
A Dilma não gosta do povo do Acre
É verdade…
Veja como a presidenta tratou mal o povo acreano.