Fiz um esforço danado para escrever essas mal traçadas linhas sem ver, ler ou ouvir nenhuma opinião sobre a humilhação futebolística de terça, 8 de julho.
Parei de assistir ao jogo (vi todos pelo computador) quando a Alemanha fez 1 a 0.
Peguei o carro e fui à casa da minha mãe, que assistia na maior tranquilidade do mundo, no seu quarto, uma missa que passava no canal Rede Vida.
É católica, claro.
Disse a ela que o Brasil já perdia…
-Já? – respondeu e voltou para o seu programa.
Fui à sala onde meu filho via o jogo.
-Filho, não vou ver mais esse jogo… Do que jeito que vai vamos levar uma surra.
-É – respondeu monossilábico.
Vi uns dois minutos e caí fora.
Não sem antes ouvir o gavião avisar do segundo gol.
Fui dar uma volta na cidade.
Liguei na CBN.
Não precisava ver.
Tudo parecia tão nítido.
Postei pelo Twitter (@jrbrana) algumas fotos das ruas desertas de Rio Branco.
Apanhei minha companheira Sophia na sua casa.
Ela tava arrasada.
Combinamos que não falaríamos de futebol.
De vez em quando o assunto voltava.
Mas logo mudávamos de assunto.
Fomos passear…
As ruas continuavam fantasmagóricas.
O trânsito, uma maravilha.
No posto onde parei para por gasolina vimos a decepção no rosto das pessoas.
Mudamos para a FM Senado.
Que, graças, só tocava música.
Foi um resto de tarde com sofrimento reduzido.
Porque entendo que o Brasil hoje não é mais o país só do futebol.
Ficamos velhos e ultrapassados nesse esporte (nossos técnicos e dirigentes não estudam..agem da mesma forma como em décadas passadas).
Não basta mais só o talento.
É preciso ciência, tática, planejamento de jogo.
E talentos de verdade.
Nos poucos minutos que vi do jogo a Alemanha nos matou.
Encurtou o campo e anulou os lançamentos em profundidade.
Não vi o restante.
Não quis ver.
Não consegui mais (depois, sei lá quando…daqui um ano, dois…vou ver esse jogo…ontem, não)
O Brasil hoje é o país que melhorou.
É o país do pleno emprego.
É o país da classe média, que aumentou em milhões esse segmento social depois do governo Lula e da Dilma.
É o país que salvou a Petrobras das mãos dos tucanos financistas e entreguistas.
É o país que ressuscitou a indústria naval e já, já terá o seu próprio submarino, inclusive o nuclear.
É o país que retomou a autoestima.
É o país que tirou e continua tirando milhões e milhões da miséria.
É o país do maior programa de inclusão do mundo, o Bolsa Família (reconhecido pela ONU).
É o país da sétima economia do planeta e daqui a pouco será a quinta.
É o país que descobriu o Pré-sal e está destinando 75% dos royalties para a Educação e Saúde.
É o país que aprovou 10% do PIB para a Educação.
É país que mudou e continua mudando a vida do seu povo para melhor.
É o país da Amazônia.
É o país que o Acre escolheu.
Claro, ainda somos um país com demandas sociais a serem superadas…
Mas estamos no caminho certo.
Futebol?
Fizemos a maior Copa de todos os tempos (A Copa das Copas, como pregou nossa Presidenta), mas o nosso time não entendeu o recado do país.
Não se preparou para ousar.
Que pena!
Hoje temos outras prioridades além do futebol.
Ontem ficamos tristes.
Mas seguiremos em frente sendo um povo alegre e feliz.
Porque é isso que o Brasil é.
O país da alegria infinita.
A mensagem da Presidenta pelo Twitter diz muito
‘Assim como todos os brasileiros, estou muito, muito triste com a derrota.
Sinto imensamente por todos nós, torcedores, e pelos nossos jogadores.
Mas, não vamos nos deixar alquebrar.
Brasil, “levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima’
Por hoje, FIM
Amanhã será outro dia