[no final do texto tem um vídeo com o senador, que é importante ser visto por quem vive no Acre e participa da política no dia a dia e também por quem não acompanha a política, especialmente]
Os discursos de Jorge Viana na tribuna do Senado mostram que o senador acreano pode se transformar em pouco tempo num dos melhores entre os 81 que estão lá.
Conta-se nos dedos de uma mão os bons oradores do Senado brasileiro.
Pela ordem, na minha opinião:
Pedro Simon é o melhor de todos.
É o único da atual legislatura que ainda faz o plenário inteiro parar para ouvi-lo.
Com os seus quase 90 anos.
Os outros, todos os outros, estão abaixo em matéria de eloquência e elegância.
Porque em oratória não basta a contundência.
Tem que ter delicadeza também.
Trato na forma conta muito.
Cristovam Buarque vem depois de Pedro Simon.
Cristovam não agride, argumenta.
Às vezes é chato, mas é um excelente orador.
É um professor.
Wellington Dias, do PT do Piauí, é bom.
É amplo e sabe explicar as coisas para todo mundo entender.
Inácio Arruda, do PCdoB, tá melhorando muito.
Aloísio Nunes, tucano, é um ótimo orador.
E mesmo sua ironia contra o governo não é agressiva.
O contrário do seu aliado do PSDB do Paraná, Álvaro Dias, que é um político intragável e arrogante por natureza.
Há outros bons oradores no senado, especialmente do Nordeste.
E o Acre, que já teve no senado Marina como grande oradora, hoje pode ter Jorge Viana, que é um político pragmático e tem todas as condições de ocupar o espaço na política brasileira e se transformar num senador do Brasil.
Do tipo que o telespectador pára para ouvir, independente do Estado a que pertença.
Suas últimas defesas, na tribuna, do governo Dilma e do Brasil vão credenciando o político do Acre.
Jorge tem raciocínio rápido e sabe formular.
Tanto que na atual campanha eleitoral aqui no Acre é uma espécie de Lula.
É o JV quem tá dando o tom.
Quem dá o argumento para a militância.
Jorge melhorou muito desde quando foi prefeito de Rio Branco.
Só acho que tem que ter um pouco mais de paciência com os colegas no senado.
Não raro atropela os apartes que estão sendo feitos a ele .
O tempo vai corrigindo.
O fato é que o Acre pode ter um senador atuante (que JV já é) e brilhante ao mesmo tempo.
Porque isso faz muita diferença na política.
Hoje o parlamento brasileiro está carente de grandes oradores (tipo Lula, Ciro, Brizola, Covas, Tancredo e Marcelo Deda).
Oradores de esquerda, especialmente.
Jorge tem uma chance e um campo aberto.
Post scriptum: Assista vídeo do senador e seu último discurso sobre vários temas. (SBPC, Rodovias, Balsa, Ponte Abunã, Eleições, Poder econômico, Santander, PSDB etc…)
Post scriptum: a primeira parte é informativa, mas a melhor parte do discurso é a última, de conteúdo político (a partir de 25 minutos)
Vamos comparar MBittar e GladsonC com a Perpétua em produtividade no Congresso
Não se conhece nenhum projeto aprovado em plenário por MBittar (candidato ao governo do Acre pelo PSDB) e muito menos pelo deputado GladsonC, o doutor.
Nenhum deles aprovou sequer um projeto de interesse público nessa legislatura que fosse aprovado em plenário.
E PEC (Proposta de Emenda Constitucional)?
Nunca esses dois parlamentares aprovaram uma PEC.
A única parlamentar do Acre que aprovou um projeto (dois) no plenário da Câmara dos Deputados nos últimos 12 anos foi ela…Perpétua!
Porque não é fácil aprovar um projeto (ou uma PEC) no plenário da Câmara dos Deputados.
Quais projetos Perpétua conseguiu aprovar para beneficiar os cidadãos do Acre?
1 – Emenda no Estatuto do Desarmamento, que garantiu o direito dos colonos, ribeirinhos e produtores do Acre terem direito a ter uma espingarda e comprar munição.
2 – A PEC dos Soldados da Borracha, que agora está na Constituição e os beneficiados vão receber 25 mil de indenização e pensão por toda a vida de 2 salários.
Quais os projetos aprovados no plenário por MBittar e GladsonC na mesma Câmara de Deputados?
Zero!
Comparem o mandato da Perpétua com os mandatos dos dois deputados de oposição (MBittar e GladsonC).
É fácil saber quem ajuda mais o Acre.
Perpétua é imbatível em produtividade no Congresso Nacional em relação à bancada do Acre.
Pos scriptum: ‘Ascenção’ de MBittar na lista do Diap só pode ser porque ele é tucano…e sabe voar. Já o doutor nem aparece na lista do Diap…É traço! Perpétua tem nota máxima porque sempre vota a favor dos interesses dos trabalhadores. E é isso que conta para Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar.
Tudo deu errado para Aécio e Dudu. A arrancada pós-Copa “foi pro saco”
Autor – Fernando Brito
Tijolaço
A Alemanha fez a sua parte, com aquele “sacode” que levamos na semifinal.
Mas, no resto, a estratégia da oposição de capitalizar a natural frustração com a derrota esportiva e, ao menos, reverter as perdas que tiveram com o fato de a Copa do Mundo, apesar das previsões catastróficas da mídia, ter sido um sucesso internacional, não funcionou.
Aécio despencou de seu discurso moralista com o aeroporto de família em Cláudio.
A seca do Alckmin, que tinha sumido da midia, voltou com força depois da ação do Ministério Público que manda racionar a água. Como advertiu, preocupada, a Folha, não apenas é conversa de elevador como já virou, hoje, assunto de matérias locais na Globo, com o povão reclamando da falta de água.
Sobrava o terrorismo econômico, mas a inflação em queda trabalha para desmontar o cenário e a traulitada dada na carta do Santander ainda ajudou a evidenciar a gula “mercadista”.
Até o insuspeito Clóvis Rossi diz, hoje, na Folha ( o mais lido do dia) que “além de patético, o comportamento de tais agentes de mercado é covarde”.
Afinal, e todo mundo sabe, ganharam muito dinheiro com o Brasil e com a expansão econômica do Brasil.
De maneira mais apropriada à sua elegância, Rossi repete o que disse aqui quando chamei de “mentira deslavada” os pedidos de desculpas do banco espanhol: ”é o clássico modelo de atirar pedras e esconder a mão”.
Mesmo a “mãozinha” do Ministro José Jorge, do TCU – Jorge foi Ministro do Apagão de Fernando Henrique – no caso da refinaria de Pasadena deu errado, porque não atingiu a figura da Presidente.
Até o coadjuvante Eduardo Campos e sua partner Marina O que é que estou fazendo aqui Silva tiveram que se defrontar com a “saia-justa” da sua nova política que explicou que estava montando uma provinciana “Casa de Eduardo” em Osasco para “ganhar unzinho”. Campos não representa nada eleitoralmente em termos nacionais – esperem as pesquisas mais adiante – e está a caminho de tomar uma tunda de proporções homéricas até mesmo em Pernambuco, onde até os prefeitos do PSB estão debandando para a candidatura Armando Monteiro, do PTB mas apoiada – e apoiando – Lula.
A esta altura, sei não, acho que a tucanagem morre de saudades de José Serra.
E eu lembro da frase do Millor Fernandes: mais importante do que ser genial é estar cercado de medíocres.
Por hoje, FIM
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