O deputado Federal Moisés Diniz (PCdoB) passou parte da quinta-feira visitando o Hosmac, conhecendo os problemas da instituição e abraçando os pacientes.
Moisés destinou meio milhão de reais ao Hosmac, que serão utilizados para comprar camas novas, computadores, instalar ar condicionado para os pacientes, reformar a quadra de esporte, aparelhar e otimizar a sala de multimeios, dentre outras necessidades.
“Hoje foi a minha manhã de reflexão. Abraçar quem tem dores na alma faz a gente ficar melhor, porque nos permite ver o quanto Deus tem sido generoso com a gente”, disse Moisés.
Moises anunciou também que vai dialogar com a Associação Brasileira de Psiquiatria e o Conselho Federal de Psicologia sobre projeto de lei que tratará da nova psiquiatria no SUS.
“O Brasil tem 400 mil médicos, com 73% atuando no SUS, 140 mil psicólogos, e só 10% destes atuando em hospitais públicos e apenas 8 mil psiquiatras, dos quais 80% estão no sul e sudeste. Já dá pra ver que tem algo errado”, explica Moisés.
O deputado acreano pretende apresentar projeto de lei que aumenta vagas de psicólogos e psiquiatras nos hospitais públicos, vinculando-os à quantidade de médicos generalistas.
Moisés explica que a depressão, junto com outros transtornos mentais, vai se tornar a segunda causa de internação hospitalar e de abandono do trabalho.
“O Brasil é terceiro lugar no mundo e primeiro no continente sul-americano em casos de depressão. Dez mil brasileiros cometem suicídio por ano. A depressão já mata mais jovens do que a AIDS. Temos uma epidemia de doenças da alma sequelando e matando no Brasil e não temos profissionais pra tratar”, exemplifica.
O parlamentar diz que a reforma psiquiátrica foi exagerada e liquidou 88 mil leitos para doentes mentais e o que colocou no lugar não está resolvendo o problema, porque ainda é novo e sem estrutura suficiente.
“Há milhares de brasileiros, com transtornos mentais, vivendo nas ruas e 60 mil presidiários são doentes mentais. A depressão está matando a nossa juventude, que enfrenta surto de crack e outras drogas. Precisamos de mais psicólogos e psiquiatras no SUS”, conclui o parlamentar.