Assisti, indócil, a sessão de assassinato da CLT no Senado.
Com todo o respeito aos senadores e senadoras da oposição, exceto pela senadora Gleisi Hoffmann, constrangeram-me ver os “apelos” a um bando de canalhas, como quem pede a lobos para serem vegetarianos.
Um dia, uma hora, me desse Deus como senador, era preciso brandir o chicote contra os ratos que sabem perfeitamente o que fazem ali.
Alguém, por favor, que dissesse ao fuinha do Eunício de Oliveira que ele não era digno de ser cearense, não era digno de ser nordestino, que ele é um empresário de terceirização, um “gato” modernizado.
Que dissesse a ele que era um covarde, porque sequer se defendia da acusação, publicada na grande imprensa, de que ia apanhar pessoalmente o dinheiro da JBS,
Acusado, qualquer um pode ser, mas só um rato não se defende com indignação a ser chamado de “maleiro” de Joesley Batista.
No destaque da proteção a gestante e a lactante, quem dissesse que respeitava tanto às mulheres e às mães que jamais poderia admitir, a qualquer título, que uma delas fosse colocada a trabalhar num ambiente insalubre, ainda que no colo dela estivesse um dos porcos que hoje estão votando para colocar mães em situação assim.
E ao canalha que ousasse reagir, chamar para que venha, que seja homem de enfrentar, porque em nome de milhões de homens e mulheres que eles estão esbofetando, teria imenso prazer em plantar-lhe a mão na cara, como o chicote de Cristo lambeu aos mercadores do templo.
Mas sou um homem fora do meu tempo, que se recorda de Leonel Brizola a dizer que aquele é o clube amável do Congresso, onde as maiores monstruosidades são feitas com uma “Vossa Excelência pra cá, outro Vossa Excelência para lá”.
As mulheres do Senado deram o exemplo. Os homens não o souberam seguir.
Acrescento eu, J R Braña B.
Em tempo: assista a senadora Gleisi: