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Iphan: Geoglifos do Acre serão tombados no dia 9

por oestadoacre.com
3 de novembro de 2018
em Acre
geoglifos
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# geoglifos

Iphan para oestadoacre

geoglifos

Denominados tatuagens da terra por grupos indígenas atuais, as estruturas conhecidas como geoglifos, herança cultural dos povos amazônicos, são numerosos na região Norte do país. Uma dessas estruturas, localizada no Sítio Arqueológico Jacó Sá, em Rio Branco (AC), poderá ser tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no dia 09 de novembro. Além de sua importância científica, histórica e afetiva, o geoglifo tem fácil acesso e pode ser identificado claramente por visitantes, sendo um potencial atrativo turístico. Caso o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural vote a favor, será o primeiro geoglifo tombado pelo Instituto.

Os geoglifos são um tipo de sítio arqueológico, formado por estruturas escavadas no solo, valetas e muretas que representam figuras geométricas de diferentes formas e grandes dimensões: profundidade de meio até quatro metros e larguras que podem ultrapassar os 15 metros. São essenciais para entender o processo de ocupação e povoamento da região amazônica, onde grupos indígenas modificaram o ambiente, imprimindo na terra características de sua identidade. Existem algumas hipóteses sobre o uso dessas estruturas, uma delas indica que corresponderam a monumentos oferecidos a divindades ou eram utilizadas em rituais, devido a sua geometria bem executada e à orientação cardial–celestial. Outras hipóteses apontam que os geoglifos tinham funções mais práticas, como armadilhas para animais, canais para aproveitamento hídrico ou limites para áreas restritas às elites comunitárias.

Pesquisas realizadas sugerem que a antiguidade dessas estruturas é de até 2,5 mil anos. Os estudos vêm quebrando velhos paradigmas sobre as sociedades antigas da Amazônia, que antes acreditava-se serem dispersas e menos desenvolvidas que as populações que habitam regiões vizinhas, fora da floresta. A visibilidade que os geoglifos da Amazônia têm alcançado desde o início dos anos 2000, quando suas reais dimensões físicas foram conhecidas, levou a comunidade acadêmica a debruçar-se cada vez mais sobre o tema. Mesmo assim, restam muitos sítios para serem descobertos. Na época, durante sobrevoo, foram identificados geoglifos na região que compreende a parte oriental do Acre, sul do Amazonas e noroeste de Rondônia. Sabe-se ainda que há incidência dessas estruturas no norte da Bolívia, onde são chamados zanjas circundantes.

Entre afetos, ciência e história: o Sítio Arqueológico Jacó Sá
Localizado na Colônia Bom Começo, a aproximadamente 50 quilômetros do centro de Rio Branco, os geoglifos do Sítio Arqueológico Jacó Sá foram identificados pelo pesquisador Alceu Ranzi por meio de um em sobrevoo nos anos 2000 e mapeado e escavado entre 2007 e 2008. Desde então tem sido objeto de estudo de outros pesquisadores, como as arqueólogas Denise Schaan e Sanna Saunaluoma.

Geoglifo do Sitio Arqueológico Jacó Sá

O sítio tem duas estruturas principais, cada uma com 20 mil metros quadrados, área de aproximadamente três campos de futebol. As valas das estruturas têm largura média aproximada de 11 metros e profundidade de dois metros e meio. A primeira delas é a figura de um quadrado e, a segunda, que será votada para tombamento, é uma figura formada por um quadrado com uma outra vala circular concêntrica a este.

O geoglifo pode ser inscrito no Livro Histórico, pela estreita vinculação à história produzida pelas populações que remontam ao processo de construção da sociedade brasileira, e no Livro Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico. Neste caso, o destaque é seu valor científico identificado pela comunidade acadêmica, o interesse da sociedade nacional e internacional sobre estes sítios arqueológicos; e por ser um marco na paisagem por sua monumentalidade que pode ser percebida tanto do alto, em sobrevoo, quanto in loco, experiência que instiga a construção das diversas narrativas por meio da interpretação do espaço constituído por valas e pequenos montes de terra.

O tombamento do geoglifo que faz parte do Sítio Arqueológico Jacó Sá é uma forma de valorização e preservação de uma paisagem representativa dos processos de ocupação e transformação da Amazônia, e, ao mesmo tempo, da interação humana com o meio natural. Ao mesmo tempo, os geoglifos se colocam como um patrimônio afetivo para vários grupos indígenas na atualidade que foram expulsos do território acreano em fins do século XIX e início do XX, no período da exploração da borracha.

Os pesquisadores observaram que a dimensão afetiva deixou de ser um traço identitário relacionado apenas aos povos amazônicos, passando a ser também reconhecido pelo próprio Estado. Isso pode ser percebido em iniciativas como a instrução ao tombamento desse tipo específico de sítio e a sua utilização como um atrativo turístico estratégico. Por sua proximidade com a capital, o Sítio Jacó Sá possibilita o estabelecimento de uma rota turística de visitação, também favorecida por serviços como sobrevoo e balonagem, que já existem na região. Essas ações convergem com o propósito do Iphan em estabelecer uma relação sustentável entre o turismo e o patrimônio cultural.

Exemplar único do Patrimônio Mundial
Os dois geoglifos do Sítio Arqueológico Jacó Sá estão na Lista Indicativa a Patrimônio Mundial, junto com os demais geoglifos conhecidos no Acre, estado brasileiro onde há mais ocorrências dessas estruturas. Pela sua excepcionalidade e relevância para a compreensão do período pré-colonial, essas estruturas representam um exemplar significativo do patrimônio histórico. Elas possuem, ainda, grande relevância para a identidade amazônica por se constituir em uma paisagem resultante de marcas sociais e simbólicas que expressam não apenas a capacidade tecnológica de manejo do meio ambiente, mas, acima de tudo, a paisagem com características indígenas.

Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural
O Conselho que avalia os processos de tombamento e registro é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, antropologia, arquitetura e urbanismo, sociologia, história e arqueologia. Ao todo, são 22 conselheiros, que representam o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), a Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), o Ministério da Educação, o Ministério do Turismo, o Instituto Brasileiro dos Museus (Ibram), o Ministério do Meio Ambiente, Ministérios das Cidades, e mais 13 representantes da sociedade civil, com especial conhecimento nos campos de atuação do Iphan.


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Tags: acregeoglifosiphannotícias
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