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A professora de Ciências, Susana Lima, da Escola SESI Marília Santana, de Rio Branco (AC), organizou um projeto sustentável chamado O uso dos recursos naturais, a partir de uma casa ecológica. A ideia foi apresentada no Encontro Nacional do Serviço Social da Indústria (SESI) de 2017. O evento reuniu projetos pedagógicos das unidades de cada estado do país na Pinacoteca de São Paulo (SP), em outubro passado.
O projeto envolveu 90 alunos do 4º ano do ensino fundamental I para cada um montar uma casa usando apenas recursos naturais como: galhos secos, folhas e argila. O objetivo da professora era desenvolver habilidades dos alunos em ciências, mas principalmente, sobre o uso dos recursos naturais. Eles escolhiam o tamanho dos exemplares, que foram expostos para os demais colegas no pátio do Centro Educacional Marília Santana.
A professora Susana conta um resultado inesperado do projeto. Os alunos levaram os trabalhos para casa, mas a argila secava tinham de jogar fora o trabalho. Mas para ela, o maior ensinamento aos alunos é a mentalidade sustentável.
“O consumo responsável é uma forma de pensar no que contribui com a exploração sustentável. Eles puderam refletir sobre isso. Tiveram todo um trabalho reutilizando os recursos naturais para construir uma casinha de barro. E eles encontraram próximo de suas casas, no quintal da sua casa, folhas, galhos secos e madeira”, opina.
Susana comemora o êxito do projeto quando se lembra de um aluno que fez outra casa. “Muitos deles queriam permanecer com ela, só que a argila vai endurecendo e rachando. Teve um aluno que disse para mim: ‘professora, a minha casa rachou e quebrou toda. Mas eu fiz outra e coloquei na sala do lado da televisão’. E ele não deixava a mãe tirar de jeito nenhum”, recorda, aos risos.
Para o gerente executivo do SESI, Sérgio Gotti, ideias educativas como essa comprovam a importância de se ensinar tanto a teoria com a prática para os alunos. “A escola precisa sair de tanta teoria para ser mais prática. Quando nós pensamos na indústria, no comércio, nos serviços, as profissões que vão vir, são totalmente diferentes do que está acontecendo hoje em dia. E se a escola não se preparar para isso, ela vai se distanciar cada vez mais do aluno e da realidade”, analisa.
Sérgio Gotti ainda diz que os alunos precisam ser instigados a aprender. “Eu falo que uma boa escola não é aquela que dá boas respostas, mas aquela que faz boas perguntas”, argumenta.
O trabalho ocorreu no 3º bimestre do ano letivo de 2017 e envolveu as disciplinas de Matemática, com o estudo de grandezas, médias, números e operações; Arte, na construção das casas com recursos naturais.
STEAM
A ideia seguiu o STEAM, uma metodologia que trabalha de forma integrada as áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática, e se baseia na aprendizagem por projetos. Ao todo, três turmas do ensino fundamental I participaram do projeto, uma do período matutino e outra do vespertino. O SESI é uma das instituições do Sistema S que utiliza o método de ensino.
(Post publicado by Maria Lúcia)
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