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Por Kairo Araújo – A pergunta que ecoa em parte da sociedade, é “o que eu tenho a ver com a moeda estadunidense?” Infelizmente muita coisa, em uma economia globalizada e que produtos que usamos no dia a dia, como computadores, celulares, carros e etc. Que apesar de muitas vezes serem produzidos no Brasil (ou montado), a sede das empresas estão nos países ditos desenvolvidos, provavelmente o smartphone que usamos, ou é sul-coreano, estadunidense, japonês ou Chinês.
Podemos imaginar que isso não tem grande relevância, afinal não compramos produtos que detém grande tecnologia em seus componentes todos os dias, isso é verdade, mas até mesmo o pãozinho e derivados do trigo têm influencia do dólar em seu preço final, pois boa parte do trigo utilizado no país é importado de outras partes do mundo, e quando se trata de comercio internacional, a moeda padrão é o dólar.
Mesmo quando uma multinacional está produzindo no Brasil, como no caso dos smartphones na Zona Franca de Manaus, boa parte de seus componentes são importados, essencialmente de países asiáticos como a China, e já foi citado acima, que compra no exterior a nível comercial, a moeda utilizada geralmente é o dólar, outro detalhe é o momento que essas empresas mandam parte dos lucros as suas sedes, adivinha em qual moeda elas mandam os seus lucros? Exato, em dólares estadunidenses.
A questão é, que do shampoo aos smartphones que nós temos em casa, as empresas detentoras das marcas (pelo menos as mais consumidas) são as famosas multinacionais, que visam ter seus lucros em dólares, o preço no geral é convertido para a chamada taxa de cambio, o que faz com que o custo de vida no país aumente consideravelmente para todos, se você não é um grande exportador brasileiro, seu beneficio é zero, ah claro, as nossas cidades fronteiriças tem algum benefício com a vinda de estrangeiros, pois com a grande desvalorização do real, fica mais barato comprar certas coisas no Brasil (no geral gêneros alimentícios ou produtos com pouco valor agregado).
Vale ressaltar que esse processo não acontece da noite para o dia, as empresas tem estoques e o valor de um produto tem muitas variáveis, uma delas é o dólar, mas tem também a carga tributária, gasto com pessoal, com transporte, energia, insumos e etc. O que essa matéria ressalta é que o dólar alto não é bom para o grosso da população a médio e longo prazo, é só observar a maioria dos países ricos, que tem suas moedas entre as mais valiosas do mundo.
(Kairo Araújo – colabora com oestadoacre)