vacina #
Por Kairo Ferreira de Araújo
Em algum momento a humanidade encontrará uma vacina para combater o vírus Sars-CoV-2, que causa a Covid-19, ou ao menos medicamentos para combater os sintomas da doença, a grande questão que fica no ar é: quais países gozarão da oportunidade de ter a sua população imunizada primeiro?
A resposta para esta pergunta não é das tarefas mais fáceis, mas uma pista pode ter vindo do laboratório farmacêutico francês, Sanofi, que causou polemica na França quando um de seus diretores afirmou que caso a empresa encontrasse a cura para a doença, a prioridade seria vacinar primeiro os Estados Unidos da América, por conta do aporte financeiro dado por esta nação.
O processo de fazer uma vacina não é nada simples, como pode parecer à primeira vista, embora a humanidade tenha muita experiência na produção, a fabricação envolve altas somas de recursos financeiros, profissionais altamente especializados, construção de laboratórios, experimentação em animais e realização de testes em centenas de humanos, todo esse processo e as barreiras sanitárias levam certo tempo para serem superadas.
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Tudo indica que a vacina e os medicamentos serão destinados primeiramente aos países ricos, por contarem com a maioria das empresas farmacêuticas e principalmente os recursos humanos e monetários, historicamente os países desenvolvidos vêm investindo sistematicamente em educação, ciência e tecnologia. O Brasil, na contramão do mundo desenvolvido, vem atacando e desmontando sua já frágil estrutura cientifica e tecnológica, principalmente com o atual mandatário, que não beneficia e prestigia a ciência.
Podemos imaginar que não há problemas em o mundo desenvolvido ser o primeiro na fila da imunização e medicação contra a doença, ledo engano, a doença causada pelo novo coronavírus se espalhou praticamente por todos os rincões da terra, a vacina envolveria certamente a maior imunização da história, com a maioria dos mais de sete bilhões de habitantes do mundo tendo que tomar a vacina.
Naturalmente, não é um problema que envolve apenas técnica (produção da vacina), estaria também involucrado a logística de pessoas, insumos, infraestrutura e capacidade organizacional de cada nação, e todas essas questões podem levar demasiado tempo, muitos perderão a vida na espera, sem falar nos efeitos econômicos e sociais que serão mais duradouros nos países em via de desenvolvimento.
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