feijó
oestadoacre reproduz trecho de matéria de Fábio Pontes sobre os três municípios do Acre campeões em queimadas.
O interior do Acre está queimando
[Municípios com floresta preservadas lideram ranking de queimadas no Acre]
Por Fábio Pontes, do Blog do Fábio Pontes
Os dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram um dado preocupante: o interior do Acre – onde está concentrada a maior área de floresta em pé – está pegando fogo, e muito fogo. No acumulado do ano, o Acre registra 2.120 focos de queimadas. Destes, mais de 80% são detectados em municípios que, até anos atrás, passavam longe das estatísticas de destruição da Amazônia no estado.
É o caso do isolado Jordão, município cujo acesso só é possível via aérea ou fluvial. Essa dificuldade logística não detém o avanço do desmatamento e do fogo. Até essa segunda, 24, Jordão tinha registrado a mesma quantidade de focos de queimadas do que a capital Rio Branco, cujo entorno já está bastante devastado e tomado por fazendas: 88.
Logo abaixo de Rio Branco está Marechal Thaumaturgo, outro município isolado cuja área é formada por terras indígenas e unidades de conservação. O município tem 75 focos de calor; são 30 a mais do que Xapuri, localizado em uma área já bastante devastada e pressionada pelo agronegócio.
Juntos, os municípios dos Vale do Juruá, Purus e Tarauacá/Envira respondem por mais de 80% dos incêndios em vegetação capturados pelos satélites do Inpe em 2020; ressaltando que essas ainda são as regiões mais bem preservadas do Acre, mas que correm sérios riscos de sofrer com a degradação nos próximos anos.
O campeão de queimadas este ano continua sendo Feijó, após já ocupar as primeiras posições em 2019, o ano do fogo no Acre. São 515 focos já registrados, o que representa 24% do total.
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Leia a íntegra no blog do Fábio Pontes