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oestadoacre publica novo artigo de Narciso Mendes…quente como as orelhas hoje do governador afastado do Rio de Janeiro
Wilson Witzel
A pregada nova política não tem resistido aos seus primeiros testes. A daí?
Por Narciso Mendes
De azarão, Wilson Witzel acabou se elegendo governador do Rio de Janeiro, por certo, favorecido por três motivações, à época, bastante atrativas: ele provinha da magistratura, nunca havia participado de uma disputa eleitoral, e ainda por cima, se dizia bolsonarista. Portanto, parecia ser o homem certo para o lugar certo, isto na visão dos pregadores da tal nova política.
Por muito pouco, Wilson Witzel não foi o quinto governador do Rio de Janeiro a ser preso, embora sua prisão tenha sido solicitada pelo Ministério Público. Ainda assim, fora afastado de suas funções e proibido de ter acesso as dependências de qualquer órgão que componha a estrutura do referido Estado e de manter contacto com uma série de pessoas que deram azo a operação que resultou no seu afastamento.
Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho, Luiz Fernando Pezão e Sérgio Cabral já haviam sido presos. Não necessariamente nesta ordem, mas pelas mesmas razões, ou seja, acusados de terem se envolvido em corrupção.
Por ignorar as causas que motivaram o afastamento do governador Wilson Witzel e pelas versões contraditórias já expostas pelos acusadores e pelos acusados, fico aguardando qual será o desfecho de tão surpreendente decisão para, a partir de então, enquanto cidadão, fazer o meu próprio juízo.
Como sempre fui um admirador da velha e boa política e conseqüentemente avesso as pregações da tal nova política, justamente por ser a política, seja como arte ou ciência, carente de experiência, e de muita experiência, sem dúvida, pelo seu próprio histórico, governar o Estado do Rio de Janeiro tornou-se algo de altíssimo risco.
Pesa contra o governador Wilson Witzel a mais grave de todas as acusações, a de ter comandado uma organização criminosa. Se sim ou se não, resta-lhes tão somente provar a sua inocência, isto porque, a presunção de inocência o contempla, conquanto que, dispunha de um arsenal de provas que contradigam as acusações que lhes são imputadas. Caso contrário, para os pregadores da nova política, pior exemplo não poderia ser dado.