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![ernesto](https://i0.wp.com/oestadoacre.com/wp-content/uploads/2021/01/ernesto-vai-cair.png?resize=500%2C348&ssl=1)
Oliver Stuenkel
Em 20 de janeiro, quando Joe Biden tomar posse como 46º presidente dos EUA, Jair Bolsonaro perderá o único aliado internacional relevante que lhe restava, deixando o Brasil ainda mais isolado. Desde que Bolsonaro assumiu a Presidência, o Brasil já sofreu um desgaste na reputação e uma perda de influência internacional inéditos, produzindo crises nas relações bilaterais com a Argentina, a China, a França e a Alemanha, parceiros estratégicos tradicionais e mercados de grande importância para produtos brasileiros.
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Em vez de articular uma estratégia sobre como o Brasil deveria se adequar às mudanças produzidas pela derrota de Trump, o assunto virou “tabu” no Itamaraty. Araújo ainda causou revolta entre democratas e a maioria dos republicanos ao chamar os invasores do Capitólio de “cidadãos de bem”. O comentário gerou a impressão de que o chanceler brasileiro mostrava apoio à tentativa de golpe e aos atos de terrorismo doméstico nos Estados Unidos. Enquanto Araújo estiver no cargo, será difícil evitar uma ruptura na relação com os EUA.
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Desde a vitória democrata, Bolsonaro e Ernesto Araújo conseguiram a façanha de piorar a situação. Na ânsia de agradar à própria base, os dois reforçaram a teoria conspiratória de fraude nas eleições presidenciais dos EUA, efetivamente questionando a legitimidade do governo Biden.
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