crônica
Três santos e dois amigos
Francisco Dandão – Junho é um mês de muitos festejos. Só dias comemorativos de santos católicos a gente pode citar três: Santo Antônio, São João e São Pedro. E tome forrós animados, quadrilhas cheias de brilho e magia, comidas à base de milho e muita cachaça rolando pelas várias bocas, que ninguém é de ferro.
Santo Antônio ficou famoso pela capacidade de juntar casais. Dizem que tem gente que até amarra a imagem do santo de cabeça pra baixo pra conseguir um par de botas. São João, contam, protege contra dor de cabeça. E São Pedro, esse simplesmente é quem toma conta das chaves do paraíso.
Mas essas informações são do conhecimento de (quase) todo mundo. Então, eu deixo de falar dos três santos para lembrar de dois diletos amigos que fazem aniversário neste mês festivo de junho: o ex-lateral Paulo Roberto (no dia 11); e o jornalista e meu afilhado Manoel Façanha (no dia 22).
Paulo Roberto, que nasceu em Sena Madureira, em 1958, e se mudou criança para a capital, indo morar nas imediações do campo do Vasco da Gama, foi um cracaço pelo lado direito do campo, defendendo três clubes na sua carreira, entre 1979 e 1988: Rio Branco, Juventus e Independência.
E já na sua temporada de estreia no time principal do Rio Branco, aos 20 anos, integrando um elenco de jogadores famosos do futebol acreano (Illimani, Cleiber, Tião, Mário Sales, Mário Vieira etc.), ele já conquistou três títulos: Copão da Amazônia, Campeonato Acreano e Torneio do Povo!
Logo depois de pendurar as chuteiras, Paulo Roberto foi convidado para dirigir as categorias de base do Rio Branco. E na sequência assumiu o time principal. De lá para cá, ele se firmou como treinador e já contabiliza no currículo vários trabalhos vencedores nos mais diversos clubes do Acre.
Façanha, por sua vez, que nasceu em Xapuri, em 1970, cresceu no bairro da Estação Experimental, batendo peladas dia sim e outro também no campinho denominado Maracutaia. Baixinho, rápido e enjoado, ele até tratava a bola com jeito. Mas o destino tratou de desviar o seu caminho.
E então, lá pelas tantas (em maio de 1996), pelas mãos do jornalista Raimundo Fernandes, ele entrou na redação do jornal O Rio Branco na condição de repórter esportivo. Pode-se dizer que foi um casamento para a vida. Já lá se vão, desde então, quase 30 anos de militância nessa atividade.
Para minha sorte, eu tenho o privilégio de gozar da amizade dessas duas criaturas, figuras do mais absoluto destaque no futebol acreano. O Paulo eu conheci quando integramos o time infantil do Independência, em 1971. O Façanha eu conheci nas entrelinhas das muitas matérias. Vida longa aos dois!
Francisco Dandão – cronista, poeta e tricolor
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