opinião
Quando o governador ganhou a eleição o estado era o terceiro mais pobre do país..
Gladson vai perder a eleição: e por culpa de sua própria inépcia
Kairo Ferreira de Araújo – O governador do estado não conseguiu ao longo dos anos construir uma agremiação em torno do seu nome, longe disso. O grupo político que se assemelha ideologicamente a ele, mais se parece uma oposição do que situação. Falta-lhe completamente a capacidade de aglutinar pessoas, talvez a palavra fraca e costumeira indecisão do gestor sejam responsáveis por tal cenário e, o que era para ser um governo de aliança dos antigos opositores ao PT – não passa atualmente de um balaio de gatos.
Fragmentados e enfraquecidos pela própria incapacidade de pactuar uma estratégia coesa e simétrica para o estado. Talvez aí resida o problema: não há projetos para o Acre, somente uma ambição tosca do poder pelo poder e nada mais.
A entrada de Jorge Viana como candidato ao governo do estado muda tudo, agora há um opositor de peso para o governador e um dos poucos petistas do Acre que não se “queimou” no processo natural de desgaste do partido que governou o estado por 20 anos. Há uma memória boa dos acreanos em relação ao antigo gestor petista, que, apesar dos equívocos, modificou a forma de se governar, pagando salários de servidores públicos em dia (raridade daquele momento histórico), construindo grandes obras e revitalizando a cidade, dando a ela uma aparência mais bonita.
Gladson Cameli não conseguiu destaque na geração de emprego e renda, pelo contrário, o Acre segue sendo um dos estados mais pobres do Brasil, sendo o segundo menor PIB do país, à frente somente de Roraima, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rendimento domiciliar per capita no estado caiu 3,16% em 2021 e ficou em R$ 888.
Sem falar no enorme numero de desempregados, que segundo o IBGE, a taxa de desocupação é 14,8% (primeiro trimestre de 2022), números que se elevaram em 1,6 pontos percentuais, em relação aos últimos três meses de 2021. Quando o governador ganhou a eleição o estado era o terceiro mais pobre do país, agora é o segundo, a taxa de desocupados aumenta freneticamente, enquanto no Brasil, apesar do caos econômico a média tem oscilado entre 11% a 13%.
A despeito desse desastre econômico, o governador vive em um mundo paralelo onde tudo é azul e ele imagina ganhar a eleição no primeiro turno. Ledo engano, a economia se sente no dia a dia, é o comerciante que vende menos, é o trabalhador que não consegue encontrar emprego e sente sua autoestima abalada, é o ostracismo da vida econômica do estado, que só consegue ter uma sobrevida por conta do pagamento dos funcionários públicos. E logicamente, a pobreza está intrinsicamente ligada com altas taxas de criminalidade e violência.
O gestor saindo derrotado pelo seu desastroso governo, não será culpa de ninguém a não ser dele mesmo e de sua imensa inépcia e inaptidão ao cargo. O Acre infelizmente piorou com o sua gestão, e isso o povo sente no cotidiano, poucas foram às promessas de Gladson que foram cumpridas, e mais quatro anos de seu governo é um castigo que o povo não merece.
(Kairo Araújo, estudante da UFAC)
*O ponto de vista assinado aqui neste blog é de exclusiva responsabilidade de seu autor e não reflete necessariamente a opinião de oestadoacre
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