LIBRE MERCARDO – Embora as empresas automobilísticas estejam comprometidas com a eletrificação de seus modelos, nem todas estão seguindo o mesmo ritmo. Enquanto alguns fabricantes desejam que cem por cento de seus veículos sejam elétricos antes mesmo de 2035, o prazo estabelecido pela UE para a proibição da venda de veículos a combustão, outras marcas estão optando por manter diferentes opções ao longo do tempo.
Esse é o caso da Toyota: nesta mesma semana, o CEO do Instituto de Pesquisa da marca, Gill Pratt, expressou suas dúvidas sobre os prazos para a eletrificação total do mercado durante uma conferência no âmbito do G-7, realizada na cidade japonesa de Hiroshima. Pratt afirmou que os veículos elétricos não podem ser a única resposta ao “desafio climático” e destacou que opções como veículos híbridos ou híbridos plug-in são uma opção “mais realista” para alcançar a “descarbonização” em certas áreas do mundo.
Pratt mencionou que haverá um dia em que haverá produção suficiente de materiais para as baterias e uma infraestrutura de recarga adequada. No entanto, ele observou que esse momento pode estar “décadas à frente”, citando a necessidade de abrir mais minas para extrair os minerais necessários, instalar mais energia renovável e melhorar o armazenamento de energia. Suas declarações estão alinhadas com estratégias como a anunciada há algumas semanas de se unir à Exxon Mobil para desenvolver em conjunto um biocombustível que permita reduzir as emissões. Segundo a petrolífera, eles estão desenvolvendo um combustível que reduziria as emissões em 75% em colaboração com o Toyota Research Center, que estaria testando-o em motores da empresa. “Estamos trabalhando para oferecer opções acessíveis, confiáveis e sustentáveis para a mobilidade do futuro”, afirma a Toyota USA no anúncio, lembrando como eles mantêm em sua gama de opções os modelos híbridos, híbridos plug-in, veículos elétricos e veículos a hidrogênio.
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