Foi realizado no Anfiteatro Garibaldi Brasil, em Rio Branco, no último mês de julho. Contou com a participação do coordenador-geral de Políticas para Juventude Negra, da Diretoria de Políticas para Combate e Superação do Racismo, do Ministério da Igualdade Racial, Luiz Paulo Bastos e a equipe do MIR para a construção, de forma coletiva, do Plano Juventude Negra Viva (PJNV).
A caravana, que se encerrou no dia 28 de julho, foi marcada por reivindicação na infraestrutura educacional, saúde, acesso a esporte e lazer, desenvolvimento tecnológico para os territórios, e melhoria para mobilidade urbana e para promoção ao direito à cidade pela juventude negra.
O coordenador Luiz Paulo, avaliou a relevância do processo da construção do PJNV que perpassa pela escuta da juventude nos estados. “Essa construção tem sido fundamental para podermos construir políticas públicas que de fato atendam às necessidades da juventude negra, portanto, essa escuta ativa, diante dessa perspectiva participativa, tem sido um diferencial. Que possamos construir iniciativas que promovam a manutenção da nossa juventude negra viva e com a vida em condições de dignidade”, afirma.
A mesa de abertura contou, ainda, com a presença do diretor de Políticas Públicas Transversais de Juventudes da Secretaria Nacional de Juventude, Nilson Florentino, do Secretário Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Alexsander Santos, da Coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro e Indígenas da Universidade Federal do Acre (UFAC), Flávia Rodrigues, do Gerente de Departamento da Promoção da Igualdade Racial da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Jota Conceição, da Assessora Técnica do Núcleo de Saúde das Populações Prioritárias e Vulneráveis da Sesacre, Goreth Pinto, do chefe da Divisão de Educação em Direitos Humanos e Diversidade da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes do Acre (SEE), Irizane Vieira e do Coordenador de Organização do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Acre (UFAC), Danilo Viana.
Ramon Santos, jovem acreano, 23 anos, ressaltou a importância da ação no estado. “Parabenizo as duas equipes, tanto o MIR quanto a SNJ, pela retomada desses instrumentos de promoção de políticas públicas. Quando falamos de políticas públicas e sua expansão, enfrentamos o grande desafio de compreender como nós, que vivemos em uma região geograficamente situada entre três fronteiras, próximos da Bolívia e do Peru, o que resulta em um excesso de cocaína e maconha que afeta diretamente a nossa juventude. Esse é um dos principais fatores para o extermínio dos nossos jovens, que enfrentam uma crise de violência devido à falta de políticas públicas efetivas e à ausência de interesse do poder público em resolver esse problema”, disse.