Sempre quis fazer essa entrevista, que pretendia mais longa, mas foi o possível de conversar nesta tarde – psicograficamente – com o governador Edmundo Pinto(nunca será ex), cruel e covardemente assassinado num hotel de São Paulo que recuso lembrar e muito menos publicar seu nome aqui.
Lembro de Edmundo na região da Floresta e Castelo Branco, começo da década de 80, distribuindo brindes nas casas nos finais de ano, no Natal…No começo de sua aventura política…
Um gesto político simples, mas que tinha muito significado e até hoje é lembrado…
Edmundo foi um político conservador e um homem avançado para o seu tempo…
Abaixo o breve diálogo, imaginário, com Edmundo Pinto…
ZHO: Boa tarde, governador Edmundo Pinto. Em primeiro lugar gostaria de agradecer por essa conversa, e perguntar como o senhor vê o desenvolvimento do Acre nos dias de hoje?
Edmundo Pinto – Boa tarde. O Acre passou por muitas transformações desde o meu tempo. Vejo com satisfação o crescimento da infraestrutura e os esforços em diversificar a economia, especialmente com o fortalecimento do setor agrícola. No entanto, ainda há desafios significativos, como a melhoria da educação e saúde, que são cruciais para o desenvolvimento integral da região.
ZHO – Quais aspectos específicos o senhor acredita que ainda precisam ser aprimorados no estado?
Edmundo Pinto – A infraestrutura rodoviária ainda requer muita atenção. A BR-364, por exemplo, é vital para a integração do estado, e sua manutenção contínua é essencial. Além disso, investir em educação tecnológica e profissionalizante é fundamental para preparar os jovens para o mercado de trabalho moderno. Também acredito que a preservação da Amazônia deve ser harmonizada com o desenvolvimento econômico.
ZHO – Como o senhor avalia o papel dos governantes atuais do Acre em relação ao progresso do estado?
Edmundo Pinto – Os governantes atuais têm um papel desafiador, mas também uma oportunidade única de moldar o futuro do Acre. Acredito que devem focar em políticas de desenvolvimento sustentável, respeitando nossas ricas reservas naturais enquanto promovem o crescimento econômico. A transparência e a eficiência na gestão pública são indispensáveis para conquistar a confiança da população e atrair investimentos.
ZHO – Em relação a sua morte trágica(assassinato) num hotel de São Paulo, por que os mandantes nunca foram identificados e punidos?
Edmundo Pinto – Infelizmente, a minha morte ainda está cercada de mistérios. Foram 32 anos desde aquele fatídico dia e, até agora, não houve uma resposta conclusiva sobre os mandantes do crime. É uma ferida aberta para minha família e para a sociedade acreana. Acredito que a verdade ainda precisa ser buscada com determinação pelas autoridades.
ZHO – Não acredito mais, governador.
Edmundo Pinto – Quer saber, ZHO? Eu também não.
ZHO – Por fim, que mensagem o senhor gostaria de deixar para as futuras gerações do Acre?
Edmundo Pinto – Quero dizer às futuras gerações que nunca percam a esperança e o amor por nossa terra. Trabalhem com determinação e respeito a nossa cultura. O Acre tem um potencial enorme e, com união e perseverança, podemos construir um estado próspero e justo para todos. Que o passado nos ensine e que o futuro nos inspire a sermos melhores.
ZHO – Muito obrigado, governador. Suas palavras certamente vão tocar os corações no Acre…Tenho certeza.
Edmundo Pinto – Eu que agradeço, ZHO. O Acre sempre será parte da minha vida….Adeus para sempre!
Abs do ZHO… essa entrevista foi só pra vocês deste blog de fim de mundo…(mas, se quiserem, podem compartilhar com os amigos)…Vou ficar muito grato.