As organizações indígenas e da sociedade civil que subscrevem esta nota de repúdio divulgaram manifestação conjunta para expressar sua profunda indignação em relação às condições precárias enfrentadas pelos professores indígenas participantes do Curso de Ensino Médio Magistério Intercultural, promovido pela Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE/AC). As denúncias apontam problemas estruturais e logísticos no local onde o curso é realizado, a Escola Estadual Rural Família Agrícola Jean Pierre Mingam, no município de Acrelândia.
Os fatos descritos na nota não refletem opinião ou julgamento editorial deste site, sendo integralmente atribuídos às organizações que a assinam, como a Federação do Povo Huni Kuí do Estado do Acre (FEPHAC), Rede de Comunicadores Indígenas do Acre, entre outras.
Principais Denúncias:
As organizações denunciam condições inadequadas no alojamento oferecido aos professores indígenas. Entre os problemas relatados estão:
- Camas quebradas e instalações com goteiras;
- Espaços externos em condições insalubres;
- Alimentação composta por produtos ultraprocessados, contrariando princípios de alimentação saudável e sustentável.
Essas situações, segundo as organizações, são reflexos de um histórico de descaso com a Educação Escolar Indígena no estado do Acre. Muitas escolas indígenas enfrentam problemas de infraestrutura precária, falta de materiais pedagógicos e ausência de merenda regionalizada, afetando diretamente a qualidade do ensino.
Reivindicações das Organizações:
- Condições dignas e adequadas para os professores indígenas em formação;
- Políticas públicas que respeitem os direitos dos povos indígenas;
- Diálogo efetivo entre a SEE/AC e as organizações indígenas;
- Investimentos na melhoria da infraestrutura e da qualidade do ensino nas escolas indígenas.
Direito de Resposta:
O site oestadoacre.com reserva espaço para que a Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE/AC) ou o GdA apresentem seus esclarecimentos, ou contrapontos às denúncias. Caso desejem, as manifestações podem ser encaminhadas para nossa redação.
Assinam esta Nota:
FEDERAÇÃO DO POVO HUNI KUÍ DO ESTADO DO ACRE (FEPHAC), ASSOCIAÇÃO BEYA – Terra Indígena Praia do Carapanã, ASSOCIAÇÃO HUNI KUÍ DO ALTO JORDÃO (AHAJ), ASSOCIAÇÃO HUNI KUÍ RAYA, ASSOCIAÇÃO MAPPHA (MANXINERUNE PTOHI PHUNPUTURU POKTSHI HAJENE), ASSOCIAÇÃO DO MOVIMENTO DOS AGENTES AGROFLORESTAIS INDÍGENAS DO ACRE (AMAAIAC), ASSOCIAÇÃO CULTURAL INU NUKINI ALDEIA RECANTO VERDE (ACINARV), ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES KAXINAWÁ DA ALDEIA PAROÁ, ASSOCIAÇÃO KAXINAWÁ DO RIO BREU – AKARIB, ASSOCIAÇÃO DE SERINGUEIROS, PRODUTORES E ARTESÃOS KAXINAWÁ DE NOVA OLINDA, ASSOCIAÇÃO DO POVO INDÍGENA INŪ KUÍ NI VAKA VISU (AIVV), ORGANIZAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS HUNI KUIN DO ALTO RIO PURUS, ORGANIZAÇÃO DAS MULHERES INDÍGENAS DO ACRE SUL DO AMAZONAS E NOROESTE DE RONDÔNIA (SITOAKORE), REDE DE COMUNICADORES INDÍGENAS DO ACRE, COMISSÃO PRÓ-INDÍGENAS DO ACRE (CPI-Acre), COMITÊ CHICO MENDES, SOS AMAZÔNIA, INSTITUTO MULHERES DA AMAZÔNIA (IMA).