TJAC
Com uma gestão voltada à sustentabilidade, o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) alcançou o 2º lugar no ranking entre os tribunais estaduais no Índice de Desempenho de Sustentabilidade (IDS). O resultado faz parte do 9.º Balanço da Sustentabilidade do Poder Judiciário, divulgado nesta segunda-feira, 30, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com base nos dados do ano de 2024.
Os dados foram apresentados pela diretora do Departamento de Pesquisas Judiciárias do CNJ (DPJ/CNJ), Gabriela Soares, durante a 3ª edição do Judiciário Sustentável, na mesa coordenada pelo presidente do Comitê Gestor Nacional de Sustentabilidade e conselheiro do CNJ, Guilherme Feliciano.
O Índice de Desempenho de Sustentabilidade (IDS) é um indicador sintético que avalia o desempenho dos tribunais em diversas áreas da sustentabilidade em uma única métrica. Quanto mais próximo de 100%, melhor o resultado alcançado.
A juíza auxiliar da Presidência do TJAC, Zenice Mota, comentou sobre os fatores que contribuíram para a conquista do tribunal. “O que nos levou a isso foi todo o cuidado de uma gestão sustentável, que visa reduzir o uso de papel, de custo de combustível e água evasada para preservar o meio ambiente.” Ela também destacou que, além do conjunto de ações, um aspecto importante foi a significativa redução no consumo de papel, impulsionada pela transição para a digitalização
Segundo a magistrada, outro fator decisivo foi o investimento realizado pelo Tribunal em usinas fotovoltaicas, que contribuem para a redução e compensação na emissão de gases de efeito estufa.
Projeto de Descarbonização
O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) já iniciou as ações previstas no projeto de descarbonização, que atualmente está na etapa de elaboração do inventário. A proposta é que, até 2030, o projeto alcance a neutralização dos efeitos dos gases poluentes, em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e as diretrizes do CNJ.
“Contratamos uma empresa especializada para nos ajudar a fazer o inventário, que nada mais é do que o levantamento daquilo que a gente emite. A partir do conhecimento daquilo que a gente emite, a gente está fazendo um plano para reduzir as emissões. E aquilo que não foi possível reduzir, a gente irá fazer as compensações”, reforçou a juíza Zenice sobre o andamento das ações sustentáveis no Poder Judiciário.
Entre as ações de compensação planejadas, estão o plantio de 3.000 árvores em 2025 como medida de compensação ambiental e arborização urbana; parceria com a Catar para a reciclagem de papel e plástico cujo uso ainda não foi eliminado; o Bazar Solidário de Roupas Usadas como iniciativa de reaproveitamento, considerando que a indústria têxtil é uma das maiores emissoras de gases poluentes; além da realização de programas de conscientização sobre consumo de moda planejada, especialmente voltados ao público feminino.
Além disso, o TJAC está em processo de implementação de veículos elétricos e desenvolvimento de ações voltadas ao Escopo 3 (relativo às emissões geradas pelos servidores em seus deslocamentos até o trabalho), incluindo iniciativas como carona solidária, uso de bicicletas e propostas colaborativas de soluções sustentáveis.