Jogamos bola juntos.
Puseram nele um apelido inusual…e muito engraçado…’pdbm’
Só os contemporâneos dele sabem as iniciais.
Isso mesmo!
Ele tinha um pezão!
E tirava sarro de si.
Não nasceu em Sena…
Nasceu em Rio Branco e foi criado pela dona Lalá e seu Epitácio em Sena..
Que foram os pais perfeitos.
Fui testemunha desde o começo de tudo com Etinildo…
Quando conquistou o primeiro violão…

Aprendeu rápido…
Tinha talento…
Tentei aprender com ele…
Não deu…não tinha talento para instrumentos musicais.
No começo da década de 80 ele se mudou para Porto Alegre.
E me chamou:
— Vem pra cá que tu vai treinar no Internacional…Conheço o Tafarel(começo da carreira do goleiro da Seleção) e ele vai te ajudar…
Fui.
Cinco dias de busão até a capital dos Pampas.
Gastei quase todo meu dinheiro num táxi em POA e não encontrei Etinildo, que já havia mudado para Itajaí, litoral gaúcho, na divisa com Santa Catarina.
Deixei para lá o sonho de jogar no Internacional…Fui procurar o FLU, no Rio, mas isso é outra história…(depois conto).
Etinildo poderia ter ficado por lá…
Não ficou.
Talvez tivesse tido uma chance de virar uma estrela da música com sua habilidade em tocar…
A vida o trouxe de volta ao Acre…
E ele deu vida à Saudosa Maloca com o Geraldo Leite…
Anos a fio…
Algumas vezes nos encontramos aqui em Rio Branco…eu no Sindicato dos Bancários e ele dizia…
— João, gosta duma greeeeve!
Etinildo fez a sua própria greve…
Que o prejudicou como pessoa, ser humano…e profissional da música.
São os descaminhos da vida que a gente não programa…
Etinildo nasceu para a música…
Agora é silêncio.
Mas fica eternamente na lembrança de seus amigos.
J R Braña B.
Em tempo: o sepultamento será em Sena…o velório está sendo na casa do irmão Nildo…
Em tempo 2: aqui no canal oestadoacre você vê o Etinildo
(…)
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