Ela não veio domingo passado.
Porém enviou o principal.
69 milhões.
Que o prefeito Marcus Alexandre e o município de Rio Branco usarão para obras de mobilidade urbana no centro da capital (corredores de ônibus) e uma ponte (a quinta) sobre o Rio Acre [Para quem acha que são muitas pontes, o Rio Sena, que corta Paris, tem 32]
E um detalhe dessa grana toda:
Não é empréstimo.
E sim recursos provenientes do Orçamento Geral da União através da gestão e esforço do senador Jorge Viana (veja como vale um vice-presidente do Senado) e da bancada federal, como reconhece informações da prefeitura da capital.
[Copiado da Agência Estado, do jornal Estadão de SP]
A presidente Dilma Rousseff assinou na noite desta quarta-feira, 2, contratos do PAC Mobilidade Urbana para a região do grande ABC paulista, além de anunciar investimentos para as cidades de Campos dos Goytacazes (RJ) e Rio Branco, capital do Acre. Ao contrário do esperado, não houve uma cerimônia no Palácio do Planalto para marcar a assinatura dos contratos – o ato foi feito em uma sala de reuniões, sem a presença de jornalistas, em uma rápida cerimônia aberta apenas fotógrafos e cinegrafistas. (os jornais do PIG têm sempre que por um veneno no texto, porque, afinal de contas a Dilma é do PT – grifo meu, claro)
(…)
Rio Branco, por sua vez, receberá R$ 69 milhões para, entre outras coisas, construir uma ponte sobre o Rio Acre e implantar corredores de ônibus no centro da cidade. A presidente Dilma Rousseff tinha prevista uma viagem para Rio Branco no último domingo, onde entregaria unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida. A viagem foi cancelada em cima da hora sem qualquer justificativa.(Viu? Sempre tem um quê de qualquer coisa para deixar sempre uma dúvida, um ministério no ar. Não tem nada disso. Ela não veio porque não deu para vir e ponto final – grifo meu novamente, claro)
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Melhor do que a Dilma vir ao Acre é ela enviar numa sacola (sacola é expressão, óbvio) quase 70 milhões para investimentos na capital.
Ou seja, Rio Branco não é sede da Copa do Mundo, mas recebe recursos para a mobilidade urbana.
Isso reforça o que dizia a Presidenta antes da Copa:
-Os investimentos não são porque vai ter Copa (tá tendo ainda), mas porque o Brasil precisa.
E na quarta o Data Folha publicou mais uma pesquisa para Presidenta (e).
Adivinha quem disparou?
Ela… Dilma (38%...subiu 4 pontos), Arrocho Neves ficou 19%-20% e o Neto do Miguel Arraes oscila entre 7 a 9%.
Traduzindo: Balsa no primeiro turno!
Brasil, Sil, Sil!!
O que será feito na capital com os 69 milhões? (O prefeito explica à presidenta)
O prefeito Marcus Alexandre explica:
O projeto consta detalhadamente da implantação de um corredor exclusivo de ônibus na Avenida Ceará com 1,6 quilômetros de extensão e a construção de um Terminal de Integração em frente ao Estádio José de Melo conectado a esse corredor;
Implantação de um corredor exclusivo de ônibus de quase 600 metros na Avenida Brasil e construção de uma estação de passageiros com 75 metros quadrados;
Implantação do corredor exclusivo de ônibus de 820 metros na Avenida Marechal Deodoro interligado ao corredor da Avenida Brasil com acesso ao Terminal Central;
Construção do corredor exclusivo de ônibus com 620 metros na Avenida Getúlio Vargas se interligando ao corredor da Avenida Brasil;
Corredor exclusivo de 370 metros na Rua Guaporé e um Terminal de Integração com 1.038 metros quadrados na Estrada do São Francisco, no Bairro São Francisco;
Implantação do corredor de integração de 3,57 quilômetros entre o 1º e 2º Distrito da cidade com a construção da 5ª Ponte sobre o Rio Acre e a requalificação do corredor de transporte coletivo das ruas Nossa Senhora da Conceição, Rua 16 de Outubro, Travessa Honório Alves.
As obras tem o compromisso de serem concluídas em 2016.
Nos próximos três meses iremos fazer os procedimentos administrativos necessários para darmos início as obras que tem o prazo de conclusão para 2016.
Em tempo: imagina a próxima pesquisa…se a diferença já tá grande, imagina na próxima.
Polo Logístico
Outra bola dentro do governo
Mais do que uma obra…
Uma necessidade da cidade de Rio Branco nos dias atuais.
[Copiado da Ag Of Gov AC]
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Centralizar numa única área empresas que atuam no setor de distribuição de logística é a proposta principal do governo do Estado, ao criar o Polo de Logística de Rio Branco, que teve sua pedra fundamental lançada nesta quarta-feira, 2, na área onde será situado o polo, ao lado da Cidade do Povo, no quilômetro 5 da BR-364.
Adem Araújo, gestor da Rede Araújo de Supermercados, anunciou que sua empresa será a primeira a construir suas instalações no Polo Logístico.
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Em tempo: O Araújo é uma genuína empresa acreana. Em que pese exagere nos preços de alguns produtos (sabonete protex é um exemplo comparando com o preço das Lojas Americanas no shopping) não há como não reconhecer que esse grupo – oriundo lá do Principado de Sena e sua Vila Castelo – não deixa a desejar a nenhuma empresa de fora em matéria de organização e compromisso com o Estado do Acre.
Em tempo 2: a folha de pagamento do Araújo é superior a R$1,5 milhão ao mês com os seus mais de mil funcionários (expressiva maioria de jovens acreanos)
Empresas aderindo ao Polo Logístico, diz o secretário Edvaldo
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A Secretaria de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens), chefiada por Edvaldo Magalhães, foi a responsável pela execução do projeto na parte que cabe ao governo do Estado. Magalhães ressalta que o governo investe R$ 15 milhões e na contrapartida os empresários investem R$ 142 milhões.
“A Copal [Comissão da Política de Incentivo às Atividades Comerciais e de Logística de Distribuição do Estado do Acre] recebeu proposta de 28 empresas interessadas em se instalar nesse polo logístico. Dessas, 17 já estão com as escrituras prontas e as 11 restantes devem ter o processo encaminhado nas próximas reuniões da entidade”, disse Magalhães.
De acordo com o secretário, o empreendimento está estrategicamente localizado ao lado da Cidade do Povo, pensando na facilidade de acesso à mão de obra para atuar nas empresas ali instaladas, tendo em vista que no novo bairro construído pelo governo do Estado, com apoio do governo federal, haverá cerca de 60 mil moradores, quando for concluída a entrega das casas.
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Governador: parceria é fundamental
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“A infraestrutura ao desenvolvimento é um fator essencial. É preciso que haja uma união madura entre setor público e privado. Com cada um fazendo a sua parte, o resultado é esse. Quem ganha aqui são a população e o ambiente econômico e social do Acre. Aqui teremos empregos, organização da cidade, facilidade no andamento da economia e segurança para o setor empresarial, que é nosso maior gerador de empregos”
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Em tempo 3: quero só ver o que vão propor agora na campanha os candidatos da Oposição ao governo.
Em tempo 4: o problema é que um deles, o DEMO, só conhece Acrelândia. E o outro, MBittar, não conhece o Acre direito. Não mora aqui. Aí fica difícil.
Em tempo 5: esta tem sido uma semana de ouro para o Estado do Acre.
Só uma Copa…
…No Brasil tem o poder de fazer um presidente dos Estados Unidos largar o trabalho e tudo para ver futebol com os jornalistas que cobrem a Casa Branca.
Imagina a ira dos tucanos quando veem uma foto dessas.
Eles que nunca trouxeram nada para o Brasil..
Ah, traziam, sim.
Eles traziam o FMI.
Para esculhambar a vida dos assalariados
Aprendendo com o Nassif
Os vinte anos do Plano Real
Autor – Luis Nassif
Há muitas histórias a serem contadas sobre o Plano Real.
O sonho de todo economista financista é comandar um processo de troca de moeda em um país. Ele passa a ter o poder de arbitrar as regras de conversão da moeda velha para a nova. Dependendo da maneira como definir a conversão, poderá criar fortunas do nada.
Foi assim nas Guerras Napoleônicas, com o financista John Law que instituiu o papel-moeda na França, em lugar do padrão ouro. Tornou-se um dos homens mais ricos do mundo, chegou a adquirir alguns estados norte-americanos, antes da bolha explodir.
Foi assim no início da República, quando Rui Barbosa comandou a mudança do padrão ouro para o papel moeda. Beneficiou um banqueiro da época, o seu Daniel Dantas, o Conselheiro Mayrink, conferindo-lhe o monopólio virtual da emissão da nova moeda.
Quando os negócios do banqueiro entraram em crise, Rui acabou impondo tantas mudanças no plano original – para salvar seu parceiro e sócio – que quebrou o país, no episódio conhecido como o Encilhamento.
No campo dos negócios, o Plano Real seguiu o padrão John Law e Rui Barbosa – mas com a sofisticação permitida pelos novos tempos e novas engenharias financeiras. Aliás, o melhor trabalho sobre o Encilhamento foi do jovem economista Gustavo Franco, ainda nos anos 80. E sua grande interrogação era como Ruy poderia ter montado todas suas operações privadas sem comprometer o plano. A resposta: um Banco Central que impedisse a volatilidade do câmbio.
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O Real foi implementado por um grupo brilhante de operadores de mercado, dominando estratégias financeiras e firmemente empenhados em aproveitar o momento para a grande tacada de sua vida.
Com o fim do Cruzado Novo, havia várias formas de irrigar a economia com a nova moeda. A mais óbvia seria no vencimento dos títulos públicos: em vez de emitir novos títulos e rolar a dívida, o governo resgataria, entregando reais aos titulares. O país zeraria sua dívida pública e, com a falta de títulos públicos, os reais seriam investidos em papéis privados, ajudando a estimular os investimentos.
Em vez disso, optou-se por entregar reais só a quem trouxesse dólares de fora. Os economistas do Real se prepararam antecipadamente para essa reciclagem, adquirindo instituições que, assim que o Real foi lançado, saíram na frente captando dólares baratos, convertendo em reais e aplicando em títulos públicos que pagavam juros expressivos.
Por si só, essa reciclagem já seria um grande negócio.
Mas foram além.
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A lógica econômica do Real consistia em conservar a paridade de um por um na relação com o dólar. Quando foi lançada a URV, a ideia era convergir o valor real de todos os produtos para o novo índice, reduzindo ao mínimo as oscilações de preços relativos depois que o real fosse introduzido.
Mas o BC fixou uma regra que, na prática, derrubou o dólar para 85 centavos. Consistia em garantir um teto para o dólar (de R$ 1,00) mas não garantir um piso. O piso seria determinado pelo diferencial entre as taxas externas de juros e as internas.
Lançado o real, imediatamente o dólar caiu para R$ 0,85, encarecendo da noite para o o dia todos os produtos brasileiros, em relação aos importados.
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Alguns meses antes do lançamento do real, um dos economistas, Winston Fritsch, procurou bancos de investimento nacionais e estrangeiros para encontros reservados, nos quais descrevia o movimento que o dólar faria quando o real fosse implementado. Convidava-os a entrar no jogo para reforçar o movimento baixista do dólar já que na outra ponta haveria multinacionais comprando dólares para se prevenir contra o medo da desvalorização do real.
Menos de três meses com o dólar a R$ 0,85 e a economia bombando, o país já exibia déficits externos relevantes. Se houvesse desvalorização cambial, quebraria grande parte das instituições aliadas dos economistas. Para não quebrarem, os economistas do Real quebraram o país. Aumentaram a aposta no câmbio apreciado. No final do ano o país estava quebrado, explodiu a crise do México e o Brasil se viu sem condições de continuar crescendo por não conseguir financiar o déficit externo.
Essa armadilha levou o BC a manter por tempo indeterminado a apreciação do real e a segurar a crise das contas externas com as mais altas taxas de juros do mundo. Como conseqüência, matou o mercado de consumo pujante que estava se formando com o fim da inflação; e gerou a maior dívida pública da história, que seguraria o crescimento brasileiro por toda a década seguinte.
Mais que isso, matou o próprio sonho do PSDB de governar o país por 20 anos – como era o cálculo de seus operadores.
Com o fim da inflação, milhões de brasileiros ascenderam ao mercado de consumo. O governo FHC poderia ter antecipado em oito anos o fenômeno da nova classe C e garantido o reinado do PSDB por mais vinte. Mas as taxas de juros praticadas, para segurar o câmbio – e enriquecer os operadores financeiros – mataram totalmente o dinamismo da economia, obrigando os novos consumidores a refluírem para a zona cinzenta do subconsumo e só voltariam à tona no governo Lula – garantindo a nova hegemonia política ao PT.
Os quatro primeiros anos de FHC foram sufocados pela dívida criada no setor público e privado e pelo câmbio apreciado, criando um enorme déficit externo, expondo o país a qualquer crise internacional. Bastava uma crise na Rússia para um terremoto se abater sobre o Brasil.
Quatro anos depois, o câmbio cobrou a conta na crise da dívida externa que praticamente liquidou com o segundo mandato de FHC e com o reinado do PSDB.
Em 2002 Lula foi eleito, o PSDB alijado do poder e, já extremamente ricos, os economistas do Real trataram de procurar outros barcos para remar.
Vinte anos depois, o PSDB serve de novo de mula para o retorno dos financistas que liquidaram com o partido.
Campanha eleitoral na internet e nas ruas começa domingo
Assista: 1min45seg
fonte: tvsenado
Por hoje, FIM