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Patrícia Colombo
A Cavalera apostou forte na proposta étnica ao estabelecer parceria com a tribo Mutum e incluir, na coleção Verão 2016, peças com estampas inspiradas nos desenhos produzidos pelos integrantes dos Yawanawá, que vivem no Acre, às margens do Rio Gregório. Ao todo, 20 índios, capitaneados pela cacique Mariazinha, 46 anos, vieram a São Paulo –17 deles, aliás, estavam visitando a cidade pela primeira vez, incluindo sua líder– para realizar o ritual Vekushi, que visa promover a purificação espiritual, durante o desfile.
No backstage, a tribo se preparava como de costume, ainda que em cenário completamente diferente do habitual. Aplicavam suas tintas, produzidas a partir de urucum nas cores preto e vermelho; vestiam cocares; realizavam desenhos no rosto –tudo no caótico ambiente de corre-corre das equipes da marca que ali estavam trabalhando e de jornalistas que transitavam pelo local.
“Não dá para dizer que estou gostando de São Paulo. O pessoal que nos trouxe está nos tratando muito bem, fomos muito bem recebidos, mas aqui é muito diferente de onde vivemos”, comenta Mariazinha, ao UOL Moda. “As pessoas são muito individualistas na cidade. E vivemos em uma comunidade e em coletividade na floresta, e o silêncio é o nosso mundo. É uma experiência estranha.”
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