Como construir um país mais justo?
Impossível.
Um juiz, segundo o CNJ, custa 47 mil (mais de 12 mil Euros) ao mês, enquanto o salário de um professor em início de carreira não chega a R$ 3 mil (menos de mil Euros).
E o salário mínimo é inferior a R$ 1 mil (menos de 270 Euros).
Impossível haver justiça num país assim.
Onde um ganha 50 vezes (no serviço público) mais que o menor salário pago aos trabalhadores.
É o Brasil.
E muitos acham isso tudo muito normal.
J R Braña B.
Do G1:
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou balanço nesta segunda-feira (4) no qual informou que a despesa média do poder público com um magistrado no Brasil é de R$ 47,7 mil por mês (…) Há atualmente 118.011 magistrados no país.
De acordo com o conselho, o gasto mensal, relativo ao ano de 2016, contempla o salário e adicionais como benefícios, gratificações, diárias, passagens aéreas, auxílio moradia, entre outros.
Pela Constituição, a remuneração de um magistrado não pode ultrapassar R$ 33,7 mil, equivalente ao salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta Corte do país.
Os “supersalários”, como são conhecidos aqueles que maiores que o teto, são permitidos porque, segundo entendimento do próprio STF, os “penduricalhos” não entram no cálculo.
(…) a despesa média com magistrados é maior no Mato Grosso do Sul, onde juízes e desembargadores receberam R$ 95,895 mil por mês em 2016. O menor valor médio por magistrado é registrado no Piauí, onde cada um recebe R$ 23,387 mil.
(…) O relatório divulgado pelo CNJ nesta segunda revela que cada juiz proferiu, em média, no ano passado, mais de 7 sentenças por dia (1.749 decisões diárias). Mesmo assim, o estoque de processos em tramitação na Justiça em 2016, ainda sem solução, chegou a 79,7 milhões. (…)
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