# lula haddad andrade
Andrade é como pessoas simples do povo já começam a chamar o Haddad (Fernando), vice de Lula na chapa presidencial.
O texto de FBrito, do Tijolaço, abaixo, conta melhor:
Lula amplia liderança. E se o obrigarem, a passa ao “Andrade”
Os 37,3% das intenções de voto obtidos por Lula na pesquisa CNT/MDA significam 48,5% dos votos válidos, em candidatos.
É o limiar de uma eleição em primeiro turno que o ex-presidente não conseguiu em suas duas vitórias, em 2002 e 2006.
Lula tem, injuriado, perseguido, preso e calado à força, mais do que jamais teve em um disputa eleitoral.
Este é o milagre que Sérgio Moro e a conspiração político-judicial está conseguindo.
É o único candidato que, desde as últimas pesquisas do mesmo instituto, cresce acima da margem de erro.
Aliás, seus concorrentes, exceto Jair Bolsonaro, “crescem” como se diz no Sul, como cola (rabo) de cavalo: Marina Silva e Ciro Gomes encolhem desde o último levantamento.
Geraldo Alckmin cresce 0,9%, o que é um fiapo estatístico.
A pesquisa tem, sobretudo, o mérito de bloquear e limitar qualquer “invenção” – e não falta vontade – de números antes do horário eleitoral, cada vez mais um dilema para os “cassadores” de Lula, que talvez não imaginem o impacto de um “não querem que Lula fale, não querem que você ouça a verdade, não querem deixar você votar em Lula para o Brasil sair deste sofrimento” dito com emoção na casa de cada um, nos primeiros dias da propaganda de TV.
A direita já não tem outro “candidato” senão um que não vai aparecer: o eleitor não saber identificar quem é o “candidato do Lula”.
Ou o tal “Andrade”, como já se começa a ouvir nas ruas, na boca de nossa gente simples, mas dona de sua própria cabeça.
Porque o Andrade-Haddad vai ter um mês para se apresentar e dizer: eu sou o cara que o Lula indicou.
Ontem, na entrevista que deu à Bandeirantes, no “Canal Livre” – um desrespeito à população levar algo tão importante após a meia-noite – “Andrade” saiu-se bem, mostrou-se preparado, sereno, sem ódios e capaz.
Critico apenas a falta de um argumento que tem tempo para ser usado: apertado pelos jornalistas sobre se iria ‘indultar” Lula, caso eleito, ficou na afirmação de que é desejo do Lula responder, desde que com justiça, a todos os processos que se arranjou contra ele.
Há mais, caro “Andrade”, há a soberania popular. que não é algo vago, mas que se expressa no início de nossa Constituição: “todo poder emana do povo e em seu nome será exercido”.
Um vitória eleitoral é uma emanação da vontade da população e não pode ser, simplesmente, ignorada pelos poderes da República, sobretudo por aquele que não tem representação direta do voto popular.
Do contrário, seria o mais odioso crime que se pode fazer contra a democracia, que é a usurpação dos direitos da população.
Ao contrário do que vão dizer as “sereias” que não o querem – expressão de hoje, em O Globo, da velha e vaidosa sirena FHC – como “marionete do Lula”, sua força é e será ser o “candidato do Lula”, o “indicado de Lula”, o Lula que pode estar na urna, se consumarem o esbulho de seus direitos eleitorais.
Os sabichões, que previram um milhão de vezes o fiasco de Lula, depois de seu indiciamento, de sua condenação, de sua prisão, não sabem que o povo é muito mais esperto do que imaginam.
Tirem-lhe Lula e ele irá, com mais força ainda, no “Andrade”.