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O jornal francês Le Monde enviou o repórter Bruno Meyerfeld à cidade de Xapuri para ver a quantas andas o processo de destruição acelerado da reserva ambiental Chico Mendes, criada na década de 1990 (muitos acham, equivocadamente, que foi o PT que inventou a reserva).
A reportagem foi postada no Le Monde hoje, às 2h36 da madrugada, e oestadoacre a reproduz:
« Cette réserve a perdu sa raison d’être » : en Amazonie, le rêve brisé d’une forêt durable
(‘Essa reserva perdeu a razão de ser’: na Amazônia o sonho despedaçado de uma floresta sustentável)
REPORTAGE/ Symbole de la destruction de cet écosystème majeur, la réserve Chico Mendes, qui devait être un exemple d’exploitation respectueuse de l’environnement, est désormais saccagée par les incendies et la déforestation.
Traduzida o trecho possível (a matéria na íntegra só para assinantes do Le Monde):
Símbolo da destruição deste grande ecossistema, a reserva Chico Mendes, que viria a ser um exemplo de exploração ambientalmente correta, agora está devastada por incêndios e desmatamentos.
Hoje, como quase todos os dias de sua vida, “Bito” foi “sangrar” sua floresta. Levantou às 3 da manhã e lavou o rosto fumê com água fria. Engoliu uma panqueca de tapioca e algumas bananas grelhadas. Pegou sua bolsa, seu balde, sua faca. Calce as botas dele. Ajustou a lanterna com cuidado. E afundou entre as árvores. Sozinho, tão sozinho, na grande noite amazônica.
Sob a copa tropical, Arleudo Morais Farias, seu nome completo, é uma sombra entre as sombras. Rápido e discreto, como o jaguar. Além disso, esta selva pertence a ele tanto quanto ao felino. Ele sabe de cor e a marca de seu traço: um arranhão marrom salpicado de branco, ondulando graciosamente no solo úmido ao longo do tronco da seringueira. A assinatura do seringueiro, trabalhador que coleta látex na Amazônia.
(….)
Matéria na íntegra no Le Monde para assinantes
Em tempo: quem liga para esse assunto hoje no Acre? Nem o governo…
J R Braña B.