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Home Acre

Crônica de Dandão: Migué

por oestadoacre.com
14 de fevereiro de 2022
em Acre
cronica
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#cronica

cronica

Migué

 

Francisco Dandão – Não sei se “migué” ainda é uma expressão usada no mundo do futebol. Com todas as modernidades (ou pós-modernidades) em curso na vida da gente, muita coisa já ficou para trás. É a marcha do tempo que vai tratando sempre de renovar o que existe. Faz parte da existência. Faz parte sim.

Mas se muitos não sabem o que significa “migué”, eu trato de explicar. Isso é o que se falava quando um sujeito dizia uma coisa querendo dizer outra. Podia significar também um fingimento. Um jogador, com medo de enfrentar um adversário, simulava uma contusão. Ficava “de migué”.

No futebol acreano do passado, na primeira metade da década de 1970, tempo do chamado “amadorismo marrom” (quando os jogadores ganhavam pra jogar, mas não assinavam um contrato profissional), o Rio Branco tinha um lateral-esquerdo, o Stélio, que batia mais do que a polícia do Afeganistão.

Os ponteiros direitos da época, então, não raro costumavam dar uma “de migué” quando precisavam enfrentar o inimigo carniceiro. Os caras ou se contundiam nas vésperas dos jogos ou então só fingiam que iam pra cima do referido lateral. No mais das vezes, passavam longe da linha de fundo.

Que eu bem me lembre, havia um ponteiro que não corria do pau quando enfrentava o Stélio. Chamava-se Bico-Bico. Baixinho, invocado, veloz e exímio driblador, movido quase sempre a generosas doses de cachaça, o Bico-Bico não queria nem saber quem era o lateral. Ia pra cima.

E nessas de “migué” teve o caso concreto de um lateral chamado Baiano, do Juventus, que um dia, quando o seu time levava um sufoco do ataque do Independência, querendo travar o jogo (“fazer cera”, como se diz na gíria), depois de um choque com um adversário, caiu se torcendo de dor.

Acontece que o médico do Juventus era um boliviano recém chegado ao Brasil. Além de entender pouco o idioma português, o tal boliviano aparentemente jamais havia trabalhado com futebol. Compreensivelmente, então, se estabeleceria uma falha na comunicação entre ele e o jogador.

Quando viu o Baiano uivando de dor, o boliviano saiu em desabalada carreira, atravessando o gramado sob os protestos do árbitro. Aí, chegando onde o baiano se encontrava, perguntou: “Onde foi a pancada?” O Baiano respondeu: “É migué, doutor.” Tréplica do médico: “E onde é esse migué?”

É por aí, meu estimado leitor. Mesmo que a expressão não mais exista no planeta futebol, o certo é que o mundo está cheio de gente “dando um migué.” É isso, aliás, o que fazem os times europeus quando vão disputar o mundial de clubes: fingem desinteresse, mas dão o sangue dentro do campo!

Francisco Dandão: escritor, poeta, jornalista e tricolor


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Tags: cronicadandãofutebol
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