Cláudio Ezequiel – O exercício da luta por garantia de direitos e a gestão pública tem algumas similaridades e exigem algumas habilidades simples. Entre elas a educação, a honestidade, a empatia e sobretudo, a temperança.
Por mais de uma vez eu já estive de ambos lados da mesa de negociação. Comecei como sindicalista na década de 80, fui presidente do SINTEAC de 1996 a 2000, organizei greves e atos em defesa dos trabalhadores. Mas sempre cheguei na mesa de negociação com a intenção de encontrar a melhor solução, e muitas vezes tivemos sucesso.
Mas também já estive na gestão, no entanto, de um lado ou de outro da mesa de negociação sempre com o mesmo propósito, valorizar os trabalhadores e assim o fizemos. Nunca tive outro lado, sempre estive com os trabalhadores por onde passei.
Hoje a nossa trincheira é a mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras. Devido a nossa experiência e conhecimento adquirido ao longo de nossa caminhada, fui incumbido de mediar a negociação com o governo em nome da categoria.
Ontem, na reunião onde dávamos sequência a negociação, dessa vez com a presença da secretária de Educação, imbuída de defender a proposta do governo, em determinado momento questionei os números apresentados, pois aparentemente há uma inconsistência com a realidade. Confesso que me surpreendir com tamanha a reação da Professora Socorro Neri ao ter os dados questionados, pois apesar de nossas diferenças de pensamento e visão política, sempre a considerei uma mulher educada e fina.
Imediatamente começou a fazer ataque pessoais a mim e se retirou da reunião, entendendo que meus questionamentos sobre os cálculos colocariam sua honestidade em cheque. O que não é verdade, todos nós somos passíveis de erros e isso não significa que sejam intencionais. Mas faltou temperança e educação a professora ao se referir a mim, que ali representava os trabalhadores e seus interesses, como moleque.
Outra coisa que chamou a atenção na fala da secretária foi revelar um certo preconceito comigo ao afirmar que “por isso me demitiu de sua gestão”. Há um reparo importante a fazer. Eu nunca fiz parte de sua equipe, fui exonerado pelo prefeito Marcus Alexandre a meu pedido. Eu escolhi não fazer parte da gestão dela na prefeitura, essa é a verdade. Pelo visto, também faltou memória. O que queremos é respeito, mas infelizmente recebemos desse governo esse tipo de tratamento. Lamentável a postura dessa senhora, mesmo com os ataques a minha honra e mentiras disseminadas a meu respeito, sigo firme na luta em defesa dos trabalhadores e das trabalhadoras da Educação.
Cláudio Ezequiel é professor de Matemática da rede estadual
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