Movimentos sociais, centrais sindicais, a UNE, partidos políticos e organizações da sociedade civil iniciaram nesta terça-feira (1) a coleta de votos do Plebiscito Popular. A iniciativa visa ouvir a população sobre duas pautas centrais: o fim da escala de trabalho 6×1 e a isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil. A votação é voluntária e está sendo organizada por voluntários em diversas regiões do país.
Na cédula, os eleitores responderão a duas perguntas:
- Você é a favor da redução da jornada de trabalho sem redução salarial e pelo fim da escala 6×1?
- Você é a favor de que quem ganha mais de R$50 mil pague mais imposto, para que quem recebe até R$5 mil fique isento do Imposto de Renda?
Os temas em debate no Plebiscito Popular já tramitam no Congresso Nacional, mas com pouca evolução. A escala 6×1 está prevista em uma proposta de emenda à Constituição (PEC) apresentada pela deputada Erika Hilton, enquanto a isenção do imposto de renda até R$ 5 mil integra o projeto da reforma tributária do governo federal.
“A nossa mobilização é uma forma de pressionar para que essas propostas avancem e sejam aprovadas com urgência. Elas beneficiam a esmagadora maioria da população brasileira, que tem sido ignorada pelo Congresso. O plebiscito é um instrumento legítimo de participação democrática e expressão coletiva”, afirma Igor Felippe, da executiva nacional do Plebiscito Popular.
A coleta de votos ocorrerá em todos os estados até 7 de setembro, Dia da Independência. Entre as entidades organizadoras estão o MST, a CUT, a Frente Povo Sem Medo e a Frente Brasil Popular.
“Vamos tratar de pautas históricas da classe trabalhadora. Queremos saber quem está conosco e quem defende patrões e milionários”, destaca Sérgio Nobre, presidente da CUT. Para Manu Mirella, presidente da UNE, a juventude é uma das mais impactadas pela precarização do trabalho: “Muitos jovens precisam abandonar os estudos para enfrentar jornadas exaustivas.”
(…)