Por Alessandra Machado/ANA
A aldeia Yawatxivan, Terra Indígena do Rio Gregório, será palco do Seminário COParente, entre os dias 8 e 10, com apoio do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), do governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas do Acre (SEPI) e da Comissão Pró-Índio do Acre (CPI/AC). A ministra do MPI, Sônia Guajajará participará do evento dia 10.
O evento será uma etapa preparatória rumo à COP30, que acontecerá em novembro, em Belém (PA), que tem o objetivo de construir uma posição conjunta entre os povos e organizações indígenas do Acre e do Amazonas sobre temas-chave da COP30: clima, biodiversidade, salva guardas, créditos de carbono e repartição de benefícios.
A secretária dos Povos Indígenas do Acre, Francisca Arara, explica que o COParente também vai capacitar lideranças e representantes indígenas para uma participação qualificada e articulada na COP.
“A intenção do MPI é realizar uma pré-cop com representantes de povos indígenas do Acre e Amazonas. Para isso temos o apoio do governo Acre para conseguirmos sair daqui com uma proposta bem organizada para a COP30. A ministra vem dia 10 para apresentar todas as temáticas que serão debatidas na COP30 e como será a participação dos povos indígenas”.

Para Joaquim Tashka, liderança Yawanawá, o momento é de fortalecimento do protagonismo indígena, para levar às negociações globais as realidades, prioridades e soluções construídas nos territórios indígenas.
“Essa é uma oportunidade de defendermos nossos direitos e garantir que as soluções climáticas respeitem os modos de vida tradicionais, os direitos territoriais e a autonomia dos povos indígenas. Precisamos que COP30 leve a mensagem dos que vivem na floresta, pois não estamos aqui só de passagem. Nascemos aqui, vivemos aqui, vamos ficar aqui e queremos deixar um legado para as futuras gerações”.
O COParente também tem o apoio da Wild Foundation, WINS, Wildlife Works, Fundo Socioambiental Casa, Funai e da Associação Sociocultural Yawanawá (ASCY).