O deputado estadual Edvaldo Magalhães, PCdoB, usou a tribuna da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira, 23, para registrar sua posição sobre as manifestações realizadas em todo o país no último domingo,21, contra a chamada PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara dos Deputados.
O texto protege parlamentares de processos na Justiça e ainda ressuscita o voto secreto.
— Gostaria de falar do ambiente novo que as ruas do Brasil apresentaram no domingo. A Câmara Federal resolveu dar um tiro, não no pé, mas nos peitos. E a bancada federal do Acre promoveu um verdadeiro 7 a 1 para gozar, agredir o povo acreano, criando uma lei dizendo: ‘somos seres especialíssimos. Para me processar, tem que pedir licença aos meus colegas’. Escreveram isso num texto e aprovaram e, mais ainda, para ninguém saber na hora de autorizar quem votou a favor ou contra, ressuscitaram um instrumento autoritário: o voto secreto – disse Edvaldo Magalhães.
O parlamentar ressaltou que a postura da maioria da bancada acreana, com exceção da deputada Socorro Neri, terá reflexos inevitáveis nas próximas eleições gerais.
— Vai ter uma grande repercussão na futura bancada federal do Acre. O Brasil não tolera mais isso. Não se trata de um movimento qualquer. A movimentação de domingo deu um cheiro, a percepção das Diretas Já. Abusaram da paciência do povo brasileiro. A gente estava nas cordas e agora estamos no meio do ringue.
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