Os professores da Universidade Federal do Acre (Ufac) pararam por 48h. Entre outras reivindicações, a categoria reivindica reposição salarial, ga-nhos reais e medidas que possam valorizar as universidades públicas. Eles se juntaram aos técnicos administrativos, que estão em greve há 15 dias e mantêm apenas 30% dos serviços funcionando. Já a paralisação dos professores atingiu 100%.
Além da reposição salarial de 14%, os professores querem a abertura de concurso, mais investimentos em pesquisa e extensão, plano de carreira, data-base para reajuste salarial, paridade entre ativos e inativos, vinculação dos colégios de aplicação às universidades e uma política de valorização das instituições públicas de ensino superior.
“No 56º Conselho Nacional de Associações Docentes, foi aprovado um plano de lutas, com mobilização da categoria no período de 17 a 26 de deste mês, incluindo a paralisação nacional de 48h”, informou o presidente da Associação dos Docentes da Ufac (Adufac), Eduardo Holanda. A federação dos professores e as outras entidades decidiram, ainda, lançar a campanha ‘10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a ‘Educação Já!’.
Os servidores administrativos, por sua vez, pararam 48 dias, voltaram a trabalhar e agora decidiram deflagrar uma nova greve. Conforme o comando nacional da classe, os ministros do Orçamento e Gestão, Paulo Bernado, e da Educação, Fernando Haddad, assinaram um documento no qual se comprometiam em negociar com a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra).
O presidente do Sindicato dos Técnicos Administrativos do 3º Grau (Sintest), Ademar Sena, diz que, das 59 universidades no país, 54 estão paradas. Em 2 grandes delas os professores já pararam. “Parece que a intransigência do Governo Federal não chega ao fim”, disse ele, afirmando que até ontem ‘os canais de negociação estavam fechados’.