Autor: J R Braña B.
A missão da mulher é espantar, assombrar, lutar…deslumbrar seu semelhante e ser um acontecimento…Se chama a isso sedução…ou Perpétua.
Seu legado de três mandatos, sem contar com um tempinho na Câmara de Vereadores de Rio Branco – tem muito mais a nos dizer.
Foram anos de entrega.
De compromissos assumidos e cumpridos.
Das lutas de todas as causas de interesse do Estado.
Das causas da maioria e também das minorias.
Das causas de todas as cores.
Perpétua veio do Porto (o Walter).
Lá do interior.
Do mato.
Da floresta.
Do roçado.
Queriam que ela fosse freira.
Até foi.
Mas não ficou.
Tinha mais o que fazer fora dos mosteiros.
Sua missão foi além da religiosa.
Enveredou na missão política, que abrange a todos e a tudo.
Dedicou seus mandatos, religiosamente e cumprindo o que diz o Evangelho, aos que mais precisam: os trabalhadores.
Seus votos em favor mais fracos não nos deixam mentir.
Estudantes, professores, agentes de saúde, domésticas, policiais, bancários, pescadores, seringueiros, vítimas do DDT, operários, profissionais liberais e eles, os Soldados da Borracha.
Sua luta mais vitoriosa até agora.
Porque uma parlamentar precisa ter identidade.
E Perpétua deixou o seu DNA no Congresso Nacional.
Estão lá a marca e os registros dos votos em defesa dos que fizeram e fazem o desenvolvimento do Brasil.
Perpétua só tem do que se orgulhar.
O Acre foi e continua sendo o seu patrão.
Que ela nunca deixou de obedecer.
Mesmo depois do revés da disputa para o senado se manteve firme e reconheceu, com sinceridade, o desejo do povo acreano.
Uma postura de humildade herdada, quem sabe, lá dos alojamentos dominicanos.
Comportamento de uma grande política.
De uma grande mulher.
Que tem muito a dar ao Acre e aos seus.
E que ainda dará.
Perpétua nem fisicamente parece com Nora Astorga, revolucionária nicaraguense que fez história em seu país na Revolução Sandinista.
A única – e fundamental – semelhança com Nora é o apelido dado pelas ruas, onde a chamam carinhosamente de:
‘A Lutadora do Povo’.