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O governo do Acre foi o segundo que mais investiu em segurança pública ao longo de 2017. Os dados são do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FNSP), divulgados na última quinta-feira, 9.
No ano passado, o Acre investiu quase R$ 63 milhões a mais do que investiu no ano anterior nas polícias, sistema penitenciário e demais forças, totalizando R$ 617,26 em segurança por habitante. Ao todo, foram gastos R$ 512.090.817,79 em 2017, enquanto em 2016 foram R$ 449.177.307,77.
Conforme os dados, com os R$ 617,26 per capita, o Acre se mantém, inclusive, acima da própria média nacional. O Brasil (União, UFs e Municípios) investiu em 2017 R$ 408,13 por pessoa na segurança pública, o equivalente a 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB), um aumento de 0,34 centavos em relação a 2016, ano em que o país destinou apenas R$ 407,79 por cidadão.
“Isso demonstra que o governo do Acre tem priorizado a segurança pública, apesar da crise nacional e das dificuldades financeiras enfrentadas nos últimos anos. Temos buscado diuturnamente valorizar e dar mais condições de trabalho aos nossos abnegados policiais e demais operadores para obtermos resultados positivos nas ruas”, disse o secretário de Segurança Pública Vanderlei Thomas.
Segundo o levantamento nacional, somente Roraima ficou à frente do Acre no ranking, investindo R$ 758,75 por habitante.
Já o governo federal aumentou somente R$ 2,71 nos investimentos per capita na segurança pública nacional.
Fronteiras abertas
Em outubro de 2017, vinte governadores dos estados e do Distrito Federal estiveram reunidos em Rio Branco no 1º Encontro de Governadores do Brasil pela Segurança Pública e Controle das Fronteiras. Participaram do evento, ainda, quatro ministros de Estado, além de representantes das Forças Armadas, das polícias e também dos demais poderes.
Na pauta, a problemática da violência no país, que é fomentada pelo narcotráfico, e a busca por soluções dos males que afligem praticamente todos os estados. Foram discutidas a escassez de recursos e a ausência de uma política nacional estabelecendo diretrizes para a segurança pública do Brasil, além da falta de fiscalização federal nos quase 16 mil quilômetros de fronteira seca com outros dez países.
“Desde o encontro, pouco se avançou. Tivemos, por fruto da pressão dos governadores presentes ao evento, a liberação dos recursos do Fundo Penitenciário, a aprovação do Susp [Sistema Único da Segurança Pública], mas ainda não há um plano nacional de combate à criminalidade”, ressaltou Thomas.
(SISP-Sist Integradp de Segurança Pública)
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