Destaques
- O Acre é a sétima base cartográfica lançada no contexto do projeto BC100, que já mapeou os estados de Alagoas, Espírito Santo, Goiás, Rio Grande do Sul, Sergipe e o Distrito Federal.
- Acre é a primeira base lançada no contexto do Projeto BC100 que mapeou um estado da região amazônica.
- O produto está disponível em formatos livres (Shape File, GeoPackage e dump do banco PostGis), para utilização em Sistemas de Informação Geográfica e por meio de geosserviço, via Plataforma Geográfica Interativa.
- Base Cartográfica Vetorial contínua é ferramenta essencial para o planejamento e implementação de políticas públicas.
O IBGE divulga hoje (29) a Base Cartográfica Vetorial Contínua do Estado do Acre, na escala 1:100.000. Esse é o sétimo estado, o primeiro em região amazônica, do Projeto BC100, cujo objetivo é mapear todas as 27 unidades da federação nessa escala.
A Base Cartográfica Contínua é uma ferramenta fundamental para programas governamentais com foco territorial, análises abrangentes das unidades da federação e para o suporte na representação de aspectos sociais, econômicos e ambientais do território, e para o planejamento setorial de obras de infraestrutura, como energia, transporte e comunicações. Também é uma fonte de informação georreferenciada para pesquisadores, professores e estudantes universitários.
Essa é a primeira base lançada no contexto do Projeto BC100 que mapeou um estado da região amazônica. Além disso, seu desenvolvimento foi utilizado como estudo de caso para o desenho dos processos e documentação da metodologia empregada. “Foram criados os projetos de trabalho nas plataformas de mapeamento; redigidas as instruções de serviço e desenhados fluxos de trabalho, tendo documentado, dessa forma, todo o processo de produção. A publicação dessa base é, também, resultado de um projeto de documentação dos processos produtivos da Coordenação de Cartografia, da Diretoria de Geociências, que buscou aprimorar a gestão do conhecimento dentro na Coordenação” destaca a gerente de Geodésia e Cartografia do IBGE em Santa Catarina, Juliane Silveira.
“O desafio de mapear o Acre foi expressivo devido à densa cobertura vegetal da Amazônia, que exigiu esforço de aprendizado para a correta caracterização da paisagem”, destaca a tecnologista do IBGE, Flavia Gava. “Como as imagens de referência do projeto são imagens no espectro de luz visível, a caracterização dos trechos de drenagem foi especialmente desafiadora”, completa.
Outro aspecto interessante desse projeto foi a notável importância das bases de dados produzidas pela rede de coleta do IBGE para outras finalidades, mas fundamentais para o mapeamento de referência.
“Os dados do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE), atualizado regularmente pelas agências de coleta do IBGE, e do Censo Agropecuário 2017, produzido pelos recenseadores, foram de extrema importância. Tais bases já tinham sido utilizadas em outros mapeamentos da BC100, mas nesse projeto, em muitos casos, era nossa única fonte de informação, dada a escassez de informação nas localidades mais remotas da Amazônia”, avalia o supervisor de Cartografia do IBGE em Santa Catarina, Renato Lélis.
“No município de Acrelândia, por exemplo, graças a uma combinação de dados do CNEFE e do Censo Agro conseguimos realizar um mapeamento seguro das edificações destinadas a atividades agropecuárias. O que dizer então dos trajetos dos recenseadores, que indicaram a grande maioria das ocorrências de vias de deslocamento sob a densa cobertura de nuvens e floresta. Quem já mapeou áreas de florestas tropicais sabe como é difícil vencer esses obstáculos”, completa.
A base foi produzida a partir da interpretação de imagens de satélite que cobrem o território do estado, informações coletadas por pesquisas do IBGE, base cartográfica desenvolvida pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), projeto Radiografia da Amazônia, da Diretoria de Serviço Geográfico (DSG) do Exército Brasileiro, além de folhas topográficas do mapeamento sistemático e de informações de órgãos setoriais parceiros.
O produto está disponível em formatos livres (Shape File, GeoPackage e dump do banco PostGis), para utilização em Sistemas de Informação Geográfica e por meio de geosserviço, via Plataforma Geográfica Interativa. Além do mapeamento em si, a base cartográfica também fornece uma camada adicional, o Índice de nomes, apresentando os nomes georreferenciados dos elementos representados na base, associados às suas respectivas categorias e classes.
Informações detalhadas sobre o processo de construção da base cartográfica estão disponíveis na Nota Metodológica que acompanha o produto. A BC100_AC também pode ser acessada através do Geoportal da INDE e seus metadados podem ser consultados no Catálogo de Metadados do IBGE.
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