Plantar 15 mil árvores em áreas degradadas de todo estado, este é o compromisso ambiental firmado pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), ao lançar o projeto “Plantando o Futuro”, nesta quinta-feira, 4, véspera do Dia da Amazônia, em frente à sede do Judiciário acreano, em Rio Branco.

A iniciativa será realizada pela Coordenadoria de Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental (Cosus) e visa o plantio progressivo de mudas nativas da Amazônia brasileira, como ipês, açaizeiros, seringueiras e árvores frutíferas, com alto potencial de sequestro de carbono, até 2030, nos 22 municípios acreanos.
Para marcar o lançamento da iniciativa, as desembargadoras e desembargadores do TJAC realizaram o plantio de ipês, como marco simbólico do comprometimento do Poder Judiciário do Acre em prol da preservação ambiental e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Neste ano, está prevista a plantação gradual de três mil árvores.
Além do reflorestamento de áreas degradadas, atividades de conscientização devem ser promovidas entre profissionais do Judiciário, e também com à população, por meio de parcerias institucionais. O intuito é expandir o projeto conforme a capacidade logística e técnica da Cosus.
Todas essas ações do “Plantando Futuro” estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, ao Plano de Logística Sustentável (PLS) do TJAC e as resoluções n.º 400/2021 e n.º 594/2024 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que orientam políticas de sustentabilidade no âmbito do Judiciário e práticas de descarbonização.
O projeto conta com apoio de diversos órgãos públicos. As árvores são frutos do Acordo de Cooperação Técnica n.º 49/2025 junto à Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). E as atividades educativas contarão com a colaboração do Ministério Público do Acre (MPAC), Defensoria Pública do Acre (DPE/AC), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e outras instituições.
Solenidade
Na ocasião, o presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), desembargador Laudivon Nogueira, ressaltou a importância do projeto: “Estamos plantando esperança, um futuro e orientado as pessoas, instituições, parceiros e crianças a um mundo melhor do que nós temos [atualmente]”.
Ele também refletiu sobre a situação ambiental do planeta. “As mudanças climáticas são um dos maiores desafios do nosso tempo e isso nós não podemos ignorar. O meio ambiente não só é um direito fundamental, mas algo muito querido por todos nós. Quem não deseja tê-lo preservado e que garanta qualidade de vida?”, destacou o desembargador-presidente.
Laudivon evidenciou ainda o empenho do Poder Judiciário em desenvolver iniciativas que assegurem um meio ambiente mais sustentável para as próximas gerações. “O plantio de árvores, o uso responsável dos recursos e a adoção de práticas sustentáveis traduz esse compromisso nosso coletivo. Estamos aqui, como este projeto, fomentando essa meta de alcançar neutralidade de carbono e posicionar o Judiciário acreano como referência nacional”, assegurou.
A coordenadora da Comissão Gestora do Plano de Logística Sustentável (COMGPLS), desembargadora Waldirene Cordeiro, falou das medidas assumidas pelo TJAC para mitigar a pressão sobre os recursos naturais e reduzir os custos operacionais – administrativo e judicias – do Judiciário acreano.
“Não apenas possuímos, mas cuidamos de duas áreas verdes: uma aqui em Rio Branco, nosso Bosque da Justiça, com quase oito hectares e a outra em Cruzeiro do Sul, anexa à Cidade da Justiça, com sete hectares. Outra ação importante do TJAC que responde à exigência sustentável são nossas usinas fotovoltaicas”, detalhou a desembargadora.
Em seguida, a coordenadora da COMGPLS salientou que os esforços da Corte acreana para se tornar um tribunal zero emissor já estão sendo reconhecidos: “Este ano, o TJAC foi classificado em 2º lugar do ranking da sustentabilidade no cenário nacional. Mas queremos ir mais longe!”
Em seu pronunciamento, o secretário de Meio Ambiente do Acre, Leonardo Carvalho, mencionou a cooperação entre o Executivo e o Judiciário estadual no reflorestamento do bioma amazônico. “Menos de um mês atrás, nós firmamos um termo de compromisso para poder apoiar nesta ação que vai melhorar a nossa qualidade [de vida]. O Brasil pode se tornar, de fato, uma potência ambiental”, disse.
Participaram também do lançamento o corregedor-geral de Justiça, desembargador Nonato Maia; o diretor da Escola do Poder Judiciário (Esjud), desembargador Luís Camolez; o presidente da 2ª Câmara Cível, desembargador Júnior Alberto; a presidente da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac), juíza de Direito Olivia Ribeiro; e os juízes auxiliares da Presidência Zenice Mota e Giordane Dourado.
Além da procuradora-geral adjunta Rita de Cassia; a defensora pública Juliana Caobianco; a subsecretária Municipal de Meio Ambiente Charlene Lima, o superintendente executivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Bruno Duarte; e as servidoras e servidores do Judiciário acreano.