Por Oussama Ghaouri
EBC – O Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem 2025, acontece nos dias 9 e 16 de novembro: uma verdadeira maratona de provas.
E a preparação física para enfrentar as 180 questões, mais a Redação, em 10h30, nos dois domingos, é fundamental, como explica o educador físico Leandro Silva:
“A preparação física adequada pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade, permitindo que o estudante se mantenha focado e com energia durante todo o período da prova. Atividades como caminhada, corrida leve, yoga ou musculação moderada podem ser bem benéficas. A recomendação é praticar pelo menos 30 minutos de atividade física moderada por dia, intercalando com períodos de descanso e estudo”.
Artur Seixo, que faz o 3º ano do Ensino Médio, sabe da importância da atividade física na preparação para o Enem. Ele faz musculação quatro vezes na semana. E quando não treina…
“Quando eu não treino de forma regular, tanto a minha disposição quanto a minha concentração são diretamente impactadas. Primeiro porque os treinos sempre me ajudam a dormir melhor. A qualidade do meu sono fica melhor nos dias que eu treino. Além de que o treino ajuda muito na descarga do estresse. Ainda mais agora, perto do Enem. Também é um momento ali no dia que eu tenho a oportunidade de realmente esquecer dos estudos por um tempo”.
Mas o educador físico Leandro Silva também faz um alerta:
“Pra quem estar sedentário, não é recomendado começar um ritmo muito forte de treino de uma vez. É melhor começar com atividades leves e aumentar gradualmente a intensidade e a duração. Para quem já tem um ritmo muito forte, pode ser interessante manter a rotina — mas é crucial não exagerar, para evitar lesões ou esgotamento, que podem prejudicar o desempenho nos estudos e nas provas”.
Roney Inácio Araújo, educador físico e também nutricionista, explica porque o desempenho do candidato melhora com a prática regular de atividade física.
“Tanto o exercício anaeróbio — treino de força, musculação, por exemplo — quanto o treino aeróbico — uma caminhada, uma corrida — melhoram o fluxo sanguíneo para o sistema nervoso central. Então, se eu tenho melhor capacidade de levar nutrientes para o cérebro, eu vou performar melhor”.
Melhorar o fluxo para o cérebro é uma parte do cuidado; a outra, é a nutrição, como explica Roney:
“Se você quer passar no Enem, você tem que se organizar e fazer uma boa alimentação. Principalmente alimentação rica em proteína, porque vai aumentar a produção dos seus neurotransmissores, como, por exemplo, a serotonina e a dopamina, que vão melhorar a sua capacidade cognitiva e fazer com que você performance melhor durante uma prova”.
Proteínas, como carnes e queijos, devem fazer parte de quatro refeições diárias, acompanhadas de carboidratos, como arroz integral e batatas; fibras, como saladas; e gorduras boas, como azeite ou castanhas. O nutricionista ainda destaca a importância das vitaminas.
“A falta de nutrientes importantes para produzir neurotransmissores — como, por exemplo, vitaminas do complexo B, ômega-3, creatina, vitamina D, entre outros — pode impactar diretamente na capacidade de memorização”.
Roney Araújo também faz um alerta para os candidatos que levam alimentos açucarados, como doces, balinhas, chocolates, para comer durante a prova.
“Se você, durante uma prova, vai comer açúcar, o nível de glicose no sangue aumenta rápido — e o seu corpo vai degradar rápido essa glicose sanguínea através da produção excessiva de insulina. E essa falta de glicose na corrente sanguínea vai diminuir a sua memorização e a sua concentração. Sabe aquele ‘apagão’ que às vezes você tem? Pois é, isso pode estar ligado diretamente ao excesso de açúcar que você tá comendo antes ou durante uma prova”.
Então, o recado é: ter uma boa alimentação e se exercitar, além dos estudos, também pode contribuir para um bom resultado nas provas.
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