artigonarciso
oestadoacre reproduz primeiro texto de Narciso Mendes deste 2021.
Exemplar
Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade
Nem toda mudança representa crescimento e nem todo movimento nos leva para frente, mas em sendo a mudança uma das leis da vida, pois do contrário não haveria progresso, sempre que os seus ventos soprarem, contra determinadas mudanças precisamos levantar verdadeiras barreiras e em relação a outras, construirmos moinhos de ventos, posto que, o progresso que alcançamos é resultado das oportuníssimas mudanças.
Na política, de onde esperamos as necessárias e indispensáveis mudanças, infelizmente e não raramente, temos sido negativamente surpreendidos, e isto sempre acontece quando os interesses pessoais dos detentores de poder se sobrepõem aos interesses coletivos. A atividade política não deveria comportar àqueles que agem em causa própria e em detrimento dos interesses coletivos.
Bons políticos e maus políticos sempre existiram e continuarão existindo, contudo, jamais deveremos tomá-los os maus políticos como exemplo. Neste particular, muito dependemos de suas excelências os cidadãos, ou mais precisamente, de suas excelências, os eleitores, até porque, somente os seus votos nos imunizarão de suas presenças nos altos escalões do nosso poder.
Para que uma mudança aconteça na nossa vida, cabe a nós reconhecermos a necessidade de sairmos da zona de conforto para torná-la efetiva, posto que, de nada adianta esperarmos as grandes transformações se continuarmos com as mesmas atitudes, algumas delas contrárias aos interesses coletivos.
A busca pelo poder, a qualquer custo, contraria os mais elementares princípios da atividade política. Quem assim procede não é digno de ascender ao poder, até porque, em lá chegando, torna-se refém dos seus próprios vícios. Se mal exercitada, ao invés de virtuosa a política se transforma em viciosa.
No nosso caso, muito freqüentemente, temos assistido o que existe de pior, ou seja, a cada novo governo, são seus interesses pessoais e partidários, e não os do Estado, que passa a prevalecer independente ou não, das boas práticas que as haviam encontrado. O melhor estímulo para conseguirmos mudar o que não está ao nosso alcance é unir-se com aqueles que compartilham do mesmo sentimento de mudança.
No nosso país, infelizmente, nada tem sido mais vicioso que a nossa própria estrutura político/partidária/eleitoral, pois dela tem resultado a fragmentação nas nossas Casas Legislativas, este sim, o fator preponderante e a impedir que as boas, necessárias e indispensáveis mudanças possam acorrer.