FOLHA PE – Tubarões que nadam pela costa entre a praia do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, até Del Chifre, em Olinda, deverão ganhar chips para auxiliar em sua identificação e monitoramento.
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Para conseguir que os tubarões carreguem o chip transmissor, os pesquisadores precisarão – literalmente – pescar os animais. Porém, tudo ocorre de maneira a não machucar os bichos, usando um espinhel – aparelho de pesca que funciona de forma passiva, usando anzóis no formato de alças circulares que, ao contrário do anzol em forma de jota, não machucam os animais.
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Ao ser capturado, o tubarão será colocado na embarcação, medido e identificado. Enfim, passará por uma micro-cirurgia na região ventral (barriga), local em que será inserido o transmissor. Por fim, receberá os pontos e deverá retornar ao mar, em uma distância maior da costa do que quando foi recolhido.
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Para que o monitoramento e a análise das espécies de tubarão encontradas em praias do litoral pernambucano que já tiveram relatos de incidente entre banhistas e esses animais, será necessário o funcionamento de dois aparelhos.
O primeiro é o chip transmissor, que irá acompanhar o animal, o segundo é um receptor, um equipamento similar a uma garrafa pet. Ele possui em uma extremidade a boia e na outra um cabo com uma âncora, para ficar firme embaixo d’água.
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Ao todo, serão instalados 30 receptores, sendo 20 a serem implantados na região de Suape e dez na área dos incidentes com os tubarões, ao longo da costa, entre as praias do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho e Del Chifre, em Olinda. Eles são instalados em locais com certo grau de profundidade, entre oito e dez metros, não tão próximos à orla.
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O valor deste investimento foi anunciado no último mês pelo Governo do Estado e será de R$ 1,5 milhão, via Porto de Suape, para ampliação do Projeto Megamar.