Bocalom politizou acertadamente sua campanha.
Disse claramente durante todos os esses meses: ‘sou direita, sou Bolsonaro, sou isso, sou aquilo…’
E virou os números, como mostram as pesquisas.
O que fez Marcus?
Municipalizou a disputa apenas.
Tudo bem, hoje ele está no MDB e não teria obrigação política de ressaltar o apoio de Lula, do governo federal, que está ajudando com milhões e milhões da União os principais investimentos em Rio Branco e no Acre.
Por outro lado, o apoio do PT chega atrasado…
…O partido se escondeu nesta campanha em Rio Branco como pôde..
E não respondeu uma única vez à ideologização imposta pelo senador MBittar no grau máximo e por Bocalom, em grau médio.
Aliás, da ex-Frente Popular, somente o PCdoB pôs a cara de fato na campanha do candidato do MDB.
O que está claro até agora:
Bocalom tensionou política e ideologicamente a campanha e Marcus ficou apenas nos detalhes de gestão de uma cidade.
Numa sociedade polarizada(e desorientada, boa parte) como a de Rio Branco, somente detalhes de buraco, da água, do posto de saúde, disso e daquilo não são suficientes para convencer e atrair o eleitor…
É preciso entrar de cabeça no conflito ideológico real também…
Nisso a extrema-direita tem pós-doutorado.
Ela consegue mostrar os ‘fantasmas’ do adversário falando claramente ao cidadão…
— ‘Seu comunista!’
…E o adversário, que não confronta a disputa no campo do pensamento político e tenta conciliar de tudo que é jeito, não consegue mostrar os ‘fantasmas’ da extrema-direita ao eleitor.
Lembrem que Lula só venceu Bolsonaro porque os seus fantasmas(os fantasmas do mito e da extrema-direita) foram mostrados e compreendidos pela maioria do povo brasileiro.
E por fim, a disputa da prefeitura de Rio Branco, tem tudo a ver com a guerra de 2026.
A derrota deste domingo é o ensaio para o fracasso daqui a dois anos.
J R Braña B.