Coluna Diálogos, com o professor Márcio Batista (vídeo e texto)
Márcio Batista – Nas últimas semanas referências importantes da educação Brasileira, como é o caso do Coordenador Nacional do movimento pelo direito á educação Daniel Cara, teceram críticas a uma possível infiltração de grupos empresariais, nomeadamente a Fundação Lemann no Ministério da Educação e Cultura-MEC.
Para quem não conhece muito bem, a referida fundação pertence ao Grupo Lemann, dirigido por um empresário Suíço-brasileiro Jorge Paulo Lemann, que além de produtos na área educacional, é detentor de empresas como 3G Capital e AMBEV.
Não sou definitivo sobre a suposta influência e condicionamento de segmentos do capital sobre as políticas públicas em educação em vigor no país, mas penso que se faz necessário uma reflexão sobre o papel da pasta e o seu grau de resposta às demandas da nossa educação.
Afinal, o país está há pelo menos seis anos afundado numa paralisia e retração das metas estabelecidas no atual plano decenal (2005-2024), seja na ampliação da oferta de vagas em creches e pré- escolas, seja no avanço dos indicadores de aprendizagem do fundamental 2 e nível médio, sem falar na dramática urgência de valorização dos salários e carreiras dos profissionais de magistério, Brasil afora.
As expectativas criadas em torno do Ministro Camilo Santana e da Secretária Executiva do MEC Maria Izolda Cela, pelos expressivos resultados educacionais do Ceará, é que aprofundem o diálogo com as forças sociais para a construção de um novo projeto de educação que tenha no estado e não nas organizações corporativas do mercado, a força motriz capaz de assegurar um ensino público de qualidade social.
✔Diálogos é publicada semanalmente neste espaço e é de responsabilidade exclusiva de seu autor e não representa, necessariamente, o pensamento deste blog oestadoacre.com – o objetivo aqui proposto é incentivar o debate qualificado de temas candentes que envolvem o Acre e o Brasil.
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